NOTAS DE REPÚDIO

Entidades que representam os jornalistas repudiam violência contra fotógrafo do Hoje em Dia

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
05/01/2023 às 20:53.
Atualizado em 05/01/2023 às 21:51
 (Hoje em Dia)

(Hoje em Dia)

Após um fotógrafo do Hoje em Dia ter sido agredido nesta quinta-feira (5), entidades que representam os jornalistas repudiaram o ato e pediram "justiça e punição".

O profissional foi agredido por um grupo que participa das manifestações antidemocráticas em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar, na avenida Raja Gabaglia, região Oeste de Belo Horizonte.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) prestou solidariedade ao fotógrafo e chamou o episódio de lamentável. De acordo com o órgão, "a impunidade abre espaço para que casos como este se repitam".

"É preciso que essa violência absurda, seguida de um roubo, seja rigorosamente apurada e punida. Até quando as autoridades vão tolerar atitudes como essa? A violência contra jornalistas é um atentado contra a liberdade de imprensa e democracia. Basta!", declarou o SJPMG.

Em conversa com a reportagem do Hoje em Dia, o Sindicato afirmou ainda que nesta sexta-feira (6) enviará um ofício ao Ministério Público de Minas Gerais exigindo a "apuração do caso e punição dos responsáveis".

Já a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) afirmou que está acompanhando com preocupação os recentes  ataques a jornalistas por parte de bolsonaristas que insistem em ficar na porta dos quartéis e lembrou de outros casos ocorridos no país.

"Infelizmente, 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, Minas Gerais", declarou a Fenaj.

O órgão afirmou ainda que "os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa" e recomendou cautela na cobertura.

"Ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com o repórter fotográfico do Hoje em Dia, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais", comentou a Federação.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também repudiou os atos de agressão desta quinta contra o fotógrafo do jornal Hoje em Dia. "A ANJ pede às autoridades uma rigorosa apuração dos fatos, com a punição dos responsáveis, para que agressões como estas não voltem a se repetir", afirmou a entidade.

Confira as íntegras das notas das entidades:

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais:

“Um repórter fotográfico do jornal Hoje em Dia foi agredido hoje em Belo Horizonte por manifestantes golpistas acampados em frente ao quartel do Exército, na avenida Raja Gabaglia.
Ele fotografava de longe as manifestações antidemocráticas, que já duram dois meses, quando foi perseguido pelos manifestantes, arrastado, jogado no chão e agredido com socos, chutes e pauladas. Seu equipamento fotográfico também foi roubado. O fotógrafo teve de ser levado para o hospital.
Esse é mais um episódio lamentável da escalada de violência contra jornalistas promovida pela extrema-direita bolsonarista brasileira. O Sindicato presta toda solidariedade ao repórter e cobra, mais uma vez, das autoridades a apuração e punição rigorosa para os agressores. Não há ainda informações se alguém foi preso.
A violência contra jornalistas cresce respaldada na impunidade. É preciso que essa violência absurda, seguida de um roubo, seja rigorosamente apurada e punida. Até quando as autoridades vão tolerar atitudes como essa?
A violência contra jornalistas é um atentado contra a liberdade de imprensa e democracia. basta!”

Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):

“A Fenaj acompanha com preocupação os recentes ataques a jornalistas por parte dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército. 
Infelizmente, 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, Minas Gerais.
Os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições, quando levantamento conjunto da FENAJ e da Abraji apontou 70 episódios de Violência contra a categoria no país.
Ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com o repórter fotográfico do Hoje em Dia, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais.
Pedimos, ainda, que as autoridades reforcem a vigilância em atos antidemocráticos. Ofício neste sentido foi enviado ao Ministério da Justiça e à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom) para que as providências cabíveis sejam tomadas.
É preciso dar um basta à violência contra os trabalhadores e garantir o exercício livre e seguro do jornalismo no Brasil.”

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