O maior Carnaval da história de Belo Horizonte chega ao fim com gostinho de quero mais. Foliões dizem estar ansiosos para a festa do ano que vem. Quem participou da farra aprovou a organização e a segurança. Mas nem tudo são flores. Eles citam falhas que, se forem resolvidas, podem abrilhantar ainda mais o evento em 2024. Dentre as principais queixas, distribuição dos banheiros químicos, atrasos na apresentação dos blocos tradicionais e qualidade do som.

No último dia da folia, dezenas de blocos voltaram a tomar as ruas. Um dos destaques foi o tradicional Juventude Bronzeada, que arrastou uma multidão no bairro Floresta, na região Leste.

Lá, a energia era contagiante. Para os noivos Lirha Freitas Santos, 31 anos, e Samuel Souza Silva, de 27, o Carnaval foi ainda mais especial por ser o primeiro que passaram juntos. Eles começaram a namorar há dois anos, durante a pandemia. “Já estamos comemorando o noivado e não queremos que acabe. Ano que vem estamos de volta, casados e quem sabe já com um neném”, brincam.

Maurício Amaral, de 45, também comemorou o retorno da festa em BH após as restrições impostas pela Covid-19. “Está de parabéns. Esperamos dois anos. A cidade está maravilhosa, cada vez mais valorizada. Deveria durar mais duas semanas, pena que acabou. Já estou ansioso para o próximo”, reforça.

Mesma ansiedade tem as foliãs Rafaela Andrade, 28 anos, e Luana de Cássia, 38. Elas, no entanto, pretendem esperar “um pouco menos” para voltar a curtir. “Já quero o segundo semestre quando começam os ensaios dos blocos. Gostamos de viver a folia”, diz Rafaela.

As amigas, que sempre pulam Carnaval na capital, citam a necessidade de melhoria na logística montada para os banheiros. “Em 2020 foi um pouco melhor. Mas é o único ponto negativo”, afirmaram.

Outras reclamações ouvidas pelo Hoje em Dia são sobre a qualidade do som de alguns trios elétricos e os atrasos para os desfiles, que chegaram a quase três horas em alguns casos. Em um dos blocos, a reportagem flagrou pessoas sendo atendidas após ficarem sob o sol forte à espera do início dos cortejos.

Em meio a tanta espera, Aristela Lacerda, de 38 anos, afirma que a falta de som ambiente entre os blocos deixa os foliões sem ter como se entreter. “Falta ter mais música para o povo entre um grupo e outro. Falta um efeito sonoro ao longo da avenida Afonso Pena, as pessoas ficam perdidas. Então, falta um apoio de caixas de som, talvez, pela prefeitura”, pediu.

Segurança
Muitos foliões elogiaram o policiamento nas ruas, com presença constante das forças de segurança. Ainda não há um balanço oficial da PM nem da prefeitura sobre o número de pessoas nos desfiles e as ocorrências registradas.

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