Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (11), na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) discutiram a atuação do MPMG no combate à violência contra os profissionais da imprensa no exercício das funções.
Na ocasião, o procurador-geral de Justiça Jarbas Soares Júnior recebeu uma representação contendo o relato de jornalistas que foram vítimas de agressões físicas e verbais durante a cobertura da desmobilização do acampamento de bolsonaristas em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, na av. Raja Gabáglia, região Oeste de BH, na última sexta-feira (6).
O documento pede, ainda, que sejam adotadas medidas para garantir a segurança de toda a categoria no exercício das atividades. O jornalista Pedro de Alcântara Nascimento, vítima de agressão física na última sexta, também esteve presente na reunião.
Segundo a vice-presidente do SJPMG, Lina Patrícia Rocha, a violência contra os jornalistas vem crescendo em Minas e em todo o Brasil. Ela chamou a atenção para a necessidade de medidas que garantam a segurança dos profissionais da imprensa. “O jornalista é o guardião da nossa democracia. Quando um jornalista é agredido, há, também, uma agressão à liberdade de imprensa, aos direitos humanos, à democracia e ao estado democrático de direito. É de suma importância que, conjuntamente, consigamos promover ações para coibir essa violência”, disse.
Ao término da reunião, Jarbas Soares Júnior afirmou que haverá celeridade na investigação dos fatos para que a sociedade tenha uma rápida resposta. “Não podemos admitir que em um Estado Democrático de Direito, os jornalistas sejam violentados. O Ministério Público vai instaurar uma investigação e esperamos concluir rapidamente, uma vez que existem imagens e testemunhas”, afirmou o procurador-geral.
Além disso, ele disse que o MPMG estuda, implementar uma política permanente contra a violência à liberdade de imprensa. “Nosso objetivo é ter um órgão que funcione para defender essas balizas do regime democrático. A liberdade de imprensa é predicado do estado de direito e da democracia”, concluiu.
(*) Com portal do MPMG.
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