HAMILTON MOURA

Nove testemunhas são ouvidas no 1º dia de julgamento do caso do vereador morto em Funilândia

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
26/10/2022 às 20:21.
Atualizado em 26/10/2022 às 20:31
 (Fórum Lafayette/Reprodução)

(Fórum Lafayette/Reprodução)

Começou nesta quarta-feira (26) o julgamento de Thiago Viçoso de Castro e Felipe Vicente de Oliveira, acusados de participação na morte do vereador de Funilândia, Hamilton Moura. Das 13 testemunhas, nove prestaram depoimento no Fórum Lafayette, na região Centro-Sul de BH, no primeiro dia.

O julgamento será retomado nesta quinta-feira (27), a partir das 8h20, e a expectativa é que outras quatro testemunhas e os dois acusados sejam ouvidos. 

Entre as pessoas ouvidas hoje estão um delegado que ficou à frente das investigações, os dois filhos da vítima e um colega do vereador que chegou ao local logo após o crime. 

De acordo com informações do Fórum Lafayette, “os dois réus são os primeiros envolvidos no crime a irem a julgamento e ainda não há previsão para o júri do mandante do crime”.

Relembre o caso 

Hamilton foi morto em julho de 2020, no bairro Vista Alegre, Região Oeste de BH. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime foi feito a mando do ex-vereador de BH, Ronaldo Batista de Morais.

O assassinato teria sido motivado por denúncias feitas pela vítima à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre supostos desvios de dinheiro no Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de BH e Região. 

Ronaldo teria pago R$ 40 mil para que Thiago Viçoso de Castro e Felipe Vicente de Oliveira executassem seu desafeto. Sob a orientação do ex-vereador, os suspeitos criaram um perfil falso e se passaram por compradores de um lote que o sindicalista estava vendendo.

Os comparsas se passaram por mulheres e atraíram a vítima para um encontro para fechar o negócio. Hamilton Moura foi assassinado com 12 tiros dentro do próprio veículo.

O mandante seria líder da organização criminosa conhecida como "Máfia de Sindicatos", que praticava diversos delitos – inclusive com a participação de agentes de segurança pública –, como a intimidação de adversários para manter seu domínio no meio sindical.

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