A cesta básica em Belo Horizonte teve nova alta em novembro e atingiu o maior valor no ano: R$ 753,90. Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas (Ipead), da UFMG, mostra que o custo dos alimentos subiu 3,67% em um mês. As maiores altas foram registradas no preço da chã de dentro, batata inglesa e óleo de soja. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5).
Só a chã de dentro teve alta de 11,6% no preço. "Somente esse item teve um impacto sobre o custo da cesta básica de 4%. A forte demanda externa pela carne bovina brasileira tem ajudado a aumentar o preço no mercado interno", explica Diogo Santos, economista do Ipead.
Segundo ele, porém, novos aumentos não devem ocorrer. "Neste início de dezembro, o preço da arroba do boi gordo se estabilizou, o que pode ajudar a segurar o crescimento do preços da carne bovina dos açougues nas próximas semanas".
Em relação ao óleo de soja, o economista destacou que o produto tem sido bastante demandado pela indústria, tanto de biodiesel como de alimentos, o pressionou os preços para cima, prejudicando o consumidor final.
"A batata estava em uma fase de menor oferta ao longo mês, o que gerou aumento de preços. Mas neste momento está ocorrendo um aumento das colheitas, com quantidades expressivas em algumas áreas produtoras, o deve fazer o preço ao consumidor cair nas próximas semanas", acrescentou Diogo Santos.
IPCA BH também sobe
Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) BH subiu 0,22%, abaixo do valor de outubro (0,70%). O custo da alimentação em casa aumentou 1,57%, mas menos que em outubro (2,35%). Por outro lado, comer fora de casa segue pesando no bolso do morador da capital: foi maior neste mês (1,55%) em comparação ao anterior (1,04%).
Conforme o Ipead, conta de luz e a gasolina foram os itens que mais ajudaram a segurar o crescimento da inflação no mês.