O indicado do presidente Lula (PT) para a presidência da Petrobras, o senador Jean-Paul Prates, disse que “não vai haver intervenção” do governo nos preços definidos pela estatal.
Porém, ele indicou que pode haver mudanças nos cálculos feitos pela empresa com adequação para a realidade nacional, possibilitando uma alteração no padrão adotado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que alinhou os preços dos combustíveis no Brasil com o mercado internacional.
“Uma coisa é ter o internacional como referência, outra coisa é se guiar pelo preço de uma refinaria estrangeira mais o preço para chegar até aqui”, destacou. Ele ainda complementou dizendo que “a gente vai criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras”.
O nome do futuro presidente da estatal foi apresentado à Petrobras pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta terça-feira (3). O nome de Prates tem que ser submetido à aprovação do Conselho de Administração da Petrobras.
Modicidade
O ministro Alexandre Silveira, responsável pela política relacionada aos combustíveis do governo federal, indicou, durante seu discurso de posse na segunda-feira (2), que a “modicidade dos preços dos combustíveis” é uma prioridade do governo.
Um dos principais desafios do governo Lula em seus primeiros dias foi apresentar uma proposta que evitasse o aumento nos preços dos combustíveis em função do retorno de tributos federais que haviam sido suspensos pelo governo Bolsonaro apenas até o dia 31 de dezembro de 2022.
Por isso, já na segunda-feira (2), o governo publicou uma medida provisória ampliando a isenção de PIS e Cofins na gasolina, até o dia 28 de fevereiro, e no diesel até 31 de dezembro.
A expectativa do governo federal é a de que uma alternativa à isenção de impostos para controlar o preço dos combustíveis seja apresentada ao mercado e à sociedade ainda nos primeiros 100 dias de governo.
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