FESTIVAL

Atividades culturais dão o protagonismo às pessoas com deficiência

Da Redação
31/08/2022 às 18:42.
Atualizado em 31/08/2022 às 18:50
Hermeto Paschoal se apresenta online, às 20h, na forma online (Divulgação)

Hermeto Paschoal se apresenta online, às 20h, na forma online (Divulgação)

Espetáculos protagonizados por artistas com deficiência, rodas de conversa, debates e oficinas estão na programação da 2ª edição do Festival Acessa BH. O evento, que tem o intuito de dar protagonismo a pessoas com deficiência, tanto nos palcos como no centro dos debates e trazer o assunto da inclusão e da acessibilidade para a pauta e prática cotidiana, começará nesta quinta (1º) e segue até 31 de outubro, de forma virtual e também presencialmente em Belo Horizonte.

Dentre os destaques estão o espetáculo de abertura, "E.L.A, a Estreia de Ave", montagem da Cia Ananda de  Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados, além de apresentação com o renomado maestro João Carlos Martins. A programação está no site do festival.

Nesta quinta, às 19h, acontece a live de abertura do festival com apresentação de Brisa Marques e participação de Lais Vitral - idealizadora e curadora do Acessa BH, além dos artistas Jéssica Teixeira, Moira Braga e Edu O., que integram a programação do evento.

Na sequência, às 20h, vai ser apresentado o monólogo "E.L.A". "Será mesmo que tem pessoas que se acostumaram ao próprio corpo e que não o estranham de maneira nenhuma?”. A provocação é feita por Jéssica Teixeira, atriz, produtora e diretora cearense. Pessoa com deficiência, a artista tem se empenhado em conduzir para o debate público, com cada vez mais urgência, questões sobre beleza, saúde, aceitação, política e acessibilidade a partir do próprio cotidiano, ampliando perspectivas. 

Em sua segunda edição, o Acessa se expande, passando de cinco para cerca de 50 atividades na programação. O evento promoverá debates, oficinas, rodas de conversa, apresentações de artes cênicas, de música, de literatura, uma mostra de processo e o pré-lançamento de um festival teatral.

“Para a programação do Festival presencial, na capital mineira, destacamos artistas e grupos da cidade, que já têm reconhecida trajetória, como Renata Mara, Brisa Marques, Oscar Capucho, Cia Ananda, Pigmentar Companhia, Sapos e Afogados, dentre outros. Para o Festival e Seminário online, ampliamos o alcance, convidando artistas e profissionais de dez estados brasileiros e com olhar não só para diferentes corpos, mas também para a diversidade, com o protagonismo também de artistas mulheres e LGTBQIA+”, explica Lais Vitral, idealizadora e curadora do evento. 

Esta edição também conta com trabalhos que já integram a acessibilidade desde a concepção dos espetáculos, como as montagens da Cia Fluctissonante, do Paraná, um coletivo curitibano formado por artistas surdos e ouvintes que se dedicam à criação cênica contemporânea e bilíngue (Libras e português), sendo precursora nacional na criação em arte acessível, destacando-se justamente pela união de duas das línguas oficiais do Brasil dentro da cena. A Fluctissonante estará no Acessa BH com dois espetáculos, “Elevador” e “O Pequeno Príncipe”, além de uma oficina de Composição Cênica com Dramaturgia Descritiva e uma mostra de processo do novo espetáculo “O Barco”.

O Coletivo Desvio Padrão, de São Paulo, também estará nesta edição do Festival. Composto por pessoas que transitam nas pontas da curva normal: cegos, videntes, surdos e ouvintes atuantes em linguagens diversas do campo da cultura. O Coletivo está na programação com os  espetáculos “Só se fechar os olhos” e “Para Além do gesto”, em sessões mediadas com o público. Os espetáculos são duas versões da mesma história, sendo a primeira concebida para o público com deficiência visual, e a segunda para o público com deficiência auditiva.

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