Galo classificado

Victor lembra ‘virada de chave’ do Atlético e diz que provocações dos argentinos motivaram elenco

Elenco sofreu com foguetório no hotel, atraso na chegada ao estádio e insultos racistas

Angel Drumond
Enviado Especial
Publicado em 30/10/2024 às 14:02.Atualizado em 30/10/2024 às 15:14.
Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético (Pedro Souza/ Atlético)
Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético (Pedro Souza/ Atlético)

BUENOS AIRES - Diretor de futebol e ídolo do Atlético, Victor Bagy comentou sobre a classificação do Atlético à final da Copa Libertadores, após o empate sem gols contra o River Plate, na noite de terça-feira (29), no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O dirigente destacou qual foi a “virada de chave” da equipe em 2024 e lamentou os problemas enfrentados pela delegação na capital da Argentina. 

Segundo o ex-goleiro alvinegro, o duelo contra o São Paulo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, foi um “marco” para a sequência da temporada do Galo, que está classificado para duas finais (Copa do Brasil e Libertadores). 

"A partir do momento da chegada dos novos atletas, a equipe conseguiu criar um padrão de jogo, se tornou muito madura. A partida contra o São Paulo foi um marco. Ali a equipe encontrou um padrão de jogo, esperamos colher mais frutos ainda este ano", comentou Victor em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (30). 

O dirigente comentou também sobre os problemas sofridos pela delegação do Galo antes, durante e após o duelo contra o River. O elenco e comissão técnica do Atlético sofreram com foguetório no hotel e atraso no deslocamento ao Monumental de Nuñez, além dos inúmeros insultos racistas. 

“Sinceramente, ninguém ficou surpreso com o que aconteceu. Infelizmente, já esperávamos que isso acontecesse. É uma competição com status e glamour muito grande, mas ainda com alguns pensamentos arcaicos, como hostilizar adversário, atrasar ônibus, soltar foguete na véspera do jogo. São pensamentos da década de 1960. Para nós, isso não gera desconforto. Pelo contrário, isso gera uma mobilização maior”, declarou o ex-goleiro. 

O goleiro detalhou a dificuldade do Galo para sair do hotel e chegar ao estádio do adversário argentino. Victor afirmou que a logística planejada foi desrespeitada, o que ocasionou no atraso do jogo por questões de segurança. A bola rolaria às 21h30, mas foi adiada em 15 minutos devido aos problemas que o Atlético teve para deixar o hotel. 

“Planejamos sair um pouco antes, pois o trajeto era de 30 minutos. Tivemos três reuniões de segurança para alinhar isso. Eles queriam que saíssemos às 19h10, mas, às 18h50, já estávamos no ônibus prontos para sair. Ficamos por mais de 25 minutos no ônibus esperando para sair. A primeira alegação é que não havia segurança e que não havia ordem para sair. Isso depois de todas as reuniões que aconteceram”, afirmou. 

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