Clássico continental é sonho realizado para Tite

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
Publicado em 10/11/2016 às 09:27.Atualizado em 15/11/2021 às 21:36.

O duelo entre Brasil e Argentina, hoje, às 21h45, no Mineirão, pela 11ª rodada das Eliminatórias para a Copa de 2018, tem contornos de sonho para o treinador da Seleção, o gaúcho Tite, de 55 anos, que disputa seu primeiro clássico dirigindo a equipe que assumiu há quatro jogos e mantém 100% de aproveitamento.

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“Como atleta não sonhei em chegar à Seleção Brasileira. Tinha uma limitação física e, tecnicamente, não tinha capacidade para isso. Como técnico, percorri todas as etapas. Batalhei, tive períodos desempregado, ganhei títulos. Não por ser melhor do que ninguém, mas conquistei a oportunidade. E trabalhar num clássico dessa grandeza é um privilégio”, garante o técnico, que no final da tarde de ontem comandou o último treinamento da sua equipe antes do confronto de hoje. A atividade foi no Mineirão.

Brasil e Argentina não é um jogo qualquer. E ficou evidente que o treinador trabalhou isso com seus jogadores na preparação para o confronto de hoje.

“Para a classificação, vale três pontos igual a todos os jogos. Mas a dimensão do clássico, a história das duas equipes, tem um componente diferente. Usava em clubes que é um campeonato à parte. Não sei se cabe na Seleção, mas tem uma condição diferente”, afirma o treinador.

Pressão
Fazer um jogo de tamanha importância no Mineirão, palco dos 7 a 1 na última apresentação da Seleção no estádio, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, não é visto por Tite como um problema.

“Este jogo vem sendo programado há muito tempo. A gente não tinha as quatro vitórias seguidas. Estou revelando isso para vocês agora. Quando o Edu (Gaspar, diretor de Seleções) me falou da possibilidade de o jogo ser no Mineirão, disse que não tinha problema. Se fosse assim, não poderia jogar mais no Maracanã (local da derrota para o Uruguai, na final da Copa de 1950). Não há pressão”, garante o comandante brasileiro.

Pressão, segundo Tite, é ocupar um posto que já foi de Zagallo, Parreira, Felipão, Aymoré Moreira e Feola, os cinco treinadores campeões mundiais pela Seleção Brasileira.

Se vencer a Argentina esta noite, o Brasil praticamente garante presença na Copa da Rússia. E Tite passará a sofrer uma pressão muito maior que o fantasma dos 7 a 1. A de colocar seu nome na lista de treinadores que ele citou na entrevista de ontem, no Gigante da Pampulha.

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