O ano de 2022 foi marcado por muitas mudanças no Cruzeiro. A maior delas, talvez, a implantação, na prática, da SAF - a Sociedade Anônima do Futebol, comandada pelo empresário e ídolo da torcida, Ronaldo Fenômeno. O clube vinha de dois anos muito ruins, quando mal conseguiu chegar perto da primeira parte da tabela da Série B.
E quem também chegou para mudar essa história foi um treinador desconhecido para a grande maioria - o uruguaio Paulo Pezzolano. A contratação gerou desconfiança entre os torcedores, mas o resultado que foi sendo mostrado aos poucos, em campo, fez com que a situação mudasse. O time começou a apresentar um futebol melhor, chegou à final do Campeonato Mineiro e foi ganhando o jeito Pezzolano de jogar.
O próprio treinador admite que, no início, não foi fácil encarar a cobrança e a sede da torcida por vitórias. “No futebol existe uma transição, eu era muito consciente quando cheguei aqui e tinha essa transição, não é fácil fazer tão rápido como foi”. Pezzolano conta que começou a perceber que o trabalho daria certo ao conhecer os integrantes da diretoria celeste.
"O Cruzeiro estava num momento ruim, muito mal, e isso não é fácil de assumir, mas quando você vê a história dos treinadores recentes do Cruzeiro, grandes treinadores que não conseguiram esse acesso, eu sabia que não ia ser fácil, ia ter pressão. Mas quando tomei a decisão estava convencido, quando conversei com a direção, com Pedro Martins, Paulo André, o que eles queriam era o que eu gosto dentro e fora do campo”.
E ele explica que a união entre comissão técnica, atletas e funcionários, vem sendo refletida dentro de campo. “Hoje o Cruzeiro é uma equipe muito forte, em todos os sentidos”. O treinador enaltece dois jogadores que, assim como ele, foram alvo de desconfiança da torcida.
“Aconteceram muitas coisas este ano, perdemos um grande goleiro, que é o Fábio, ia ser muito difícil para o goleiro que viesse. Chegou Rafael Cabral, que a princípio não era uma unanimidade, foi entrando jogo a jogo e nós confiamos nele”.
Ele diz praticamente a mesma coisa sobre Filipe Machado, que costuma ser questionado por parte da torcida. “Ele merece isso e muito mais, é um grande jogador, grande pessoa e grande profissional”. O treinador diz que a torcida pode ficar tranquila.
“Eu escolho jogador para dar 100 por cento para o torcedor. Podemos errar ? Podemos errar. Mas com Machado é difícil de errar, se o torcedor visse como ele treina todo dia, fica tranquilo, é impressionante, ele treina como joga”, enfatizou.
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