Torcidas organizadas do Cruzeiro protestam pela morte de Eros Dátilo Belizário

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/11/2016 às 17:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:32

(Alexandre Simões/Hoje em Dia)

Cerca de 500 torcedores de várias torcidas organizadas do Cruzeiro protestaram em frente Mineirão, neste domingo (6), antes da partida entre a Raposa e o Fluminense, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com faixas e gritos de “Adeus Eros!”, eles pediram justiça pela morte de Eros Dátilo Belizário durante o jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Grêmio, neste mesmo estádio.

Aglomerados em frente ao portão G3, onde se encontra uma delegacia da Polícia Militar de Minas Gerais, os torcedores ameçaram os seguranças da Prosegur, que, segundo eles, seriam os responsáveis pela fatalidade. Testemunhas dizem que Dátilo teria falecido depois de ter sido agredido por seguranças quando tentava trocar de setor.

A cuidadora de idosos de 34 anos Alexsandra Luciana de Abreu, por exemplo, afirma que estava com Eros no dia de sua morte e que prestou um depoimento de mais de quatro horas na última terça-feira (1) para tentar esclarecer os fatos. Depois de tudo o que ocorreu, Alexandra lamentou “foi muito triste voltar sem ele”.

Para evitar confusão entre membros da organizada e Prosegur, a Minas Arena determinou na última sexta-feira (4) que a segurança no setor inferior laranja, local onde membros da Pavilhão Independente assistem aos jogos, e no amarelo superior, espaço escolhido pela Máfia Azul, fossem feitas pelos Militares. Nas últimas partidas do Cruzeiro no Mineirão já havia acontecido discussões e brigas envolvendo funcionários da terceirizada em segurança e torcedores no setor laranja do estádio.

Posicionamento Prosegur

Após os protestos, a Prosegur reiterou que lamenta pela morte do torcedor Eros Dátilo Belizardo, ocorrida no dia 26 de outubro de 2016. "É de total interesse da Prosegur esclarecer o que aconteceu naquela data e, para tanto, está contribuindo de todas as formas com as investigações para que a verdade sobre os fatos apareça de maneira clara e rápida e aguarda a conclusão e divulgação dos laudos finais do Instituto Médico Legal e da perícia da Polícia Civil".

A companhia reforçou também que repudia qualquer tipo de violência e destacou que, "todos os vigilantes escalados para o trabalho de segurança no Mineirão são treinados e regularizados de acordo com o Artigo 19 da Portaria 3.233/2012, que estabelece os requisitos necessários para a prestação de serviço de segurança privada em grandes eventos".

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 Veja o vídeo do protesto:

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