Após resultados ruins, o Cruzeiro demitiu Fernando Diniz nesta segunda-feira (27), um dia após o empate da Raposa com o Betim, no Mineirão, pelo Estadual. Contratado para substituir Fernando Seabra, Diniz teve apenas quatro vitórias, em 20 jogos que esteve à frente da equipe celeste.
O técnico teve 35% de aproveitamento, com nove empates e sete derrotas, além dos quatro triunfos. Vice-campeão da Sul-Americana e nono no Brasileirão do ano passado, o treinador não conseguiu colocar em campo o “estilo único” de jogo e acabou perdendo o cargo, com apenas três rodadas do campeonato estadual.
Nos dois últimos jogos, na derrota para o Athletic e na igualdade com o Betim, Fernando Diniz ouviu xingamentos e gritos de “adeus Diniz” das arquibancadas do Mané Garrincha e Mineirão, respectivamente. Nos vestiários do Gigante da Pampulha, o treinador teve uma conversa reservada com os gestores e o dono da SAF Celeste, Pedro Lourenço. Dentre os assuntos tratados estava a pressão por resultados positivos à frente do clube.
“A gente teve uma conversa particular, não vou entrar no teor da conversa. A reunião teve um conteúdo, assim, de conversa sobre o time, da conversa em relação a mim. A conversa tem que existir. É uma cobrança, porque os resultados são muito ruins”, disse o treinador ainda no Mineirão.
Sobre as vaias e o “pedido da cabeça do comandante”, Diniz havia dito que a torcida estava no direito, pois tudo “tem limite”. “Tem que ganhar jogo, ganhar campeonato, essa é a única saída que a gente tem. E o torcedor, repito, tá no direito de vaiar, tá no direito de estar impaciente, e é isso mesmo. A gente tem que procurar vencer. Tudo tem um limite, a gente tem que procurar vencer”, frisou.
Sobre o substituto, o clube ainda não informou o nome. A expectativa é para que ele seja confirmado até a quinta-feira (30), quando o Cruzeiro voltará a campo pelo estadual em duelo contra o Itabirito, às 19h, no Independência.