O piloto brasileiro Felipe Massa, 35 anos, anunciou nesta quinta-feira (1º), em entrevista coletiva no autódromo de Monza, na Itália, palco do Grande Prêmio deste domingo, que irá se aposentar ao fim desta temporada.
O brasileiro atualmente corre pela Williams e não teria seu contrato renovado. Muitas especulações deram Massa como piloto em outras equipes, como a Renault, que tenta retomar seus bons anos quando conquistou dois títulos mundiais com Fernando Alonso.
Ao todo foram 14 temporadas na Fórmula 1, uma das mais longevas carreiras na categoria.
Massa nunca foi campeão, apesar de ter sentido o gostinho em 2008, quando perdeu o título para Hamilton na última curva, após Glock ser ultrapassado com os pneus já em frangalhos, em um ano marcado por trapalhadas da Ferari, como esquecer a mangueira de combustível após um pit stop na China.
Em seus 242 GPs, massa conquistou 11 vitórias (o quarto brasileiro com mais triunfos, atrás de Senna, 41, Piquet, 23, Fittipaldi, 14, e empatado com Rubens Barrichello), 16 poles e 41 pódios.
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Ele chegou à categoria em 2002 após se destacar nas categorias de acesso, como a Fórmula Renault e F3000. Ele assinou com a Ferrari que o colocou para correr na Sauber, então equipe satélite da montadora italiana. Após se desentender com o chefão por se recusar a ceder um lugar para Heidfeld, ficou na geladeira em Maranello até retornar ao time suíço para duas temporadas.
Em 2006 chegou à Ferrari para assumir o posto de escudeiro de Schumacher no lugar de Barrichello. Após a saída do alemão, passou a dividir as atenções da equipe com Kimi Raikkonen e brigou pelo título de 2007, ajudando o finlandês na reta final.
Em 2008 teve seu melhor ano, brigando pelo título até a última curva. Contudo, diversos erros da Ferrari e alguns lances de imaturidade, como uma rodada besta em Mônaco na chuva com a corrida praticamente decidida selaram o triste destino e o vice-campeonato.
No ano seguinte sofreu um grave acidente ao ser atingido no capacete por uma mola que se desprendeu do carro de Rubinho. Foram meses de recuperação até que retornasse em 2010. Após brigar internamente com Alonso até 2013, deixou o vermelho da Ferrari para o branco e azul da Williams.
Conseguiu ter momentos consistentes em seu primeiro ano na escuderia inglesa, mas a supremacia das Mercedes e o arrojo de seu jovem companheiro Valteri Bottas acabaram por abreviar seu destino na principal categoria do automobilismo mundial.
Ainda não há indicações sobre seu futuro.