
A jovem nadadora transplantada, de BH, Maria Eduarda Porto, 16 anos, foi selecionada para representar o Brasil no World Transplant Games 2025, na Alemanha ( a 25ª edição dos Jogos Mundiais de Transplante de Verão). Foram duas vagas destinadas para o país e uma foi da jovem moradora da região do Barreiro. Para custear a viagem e realizar o sonho de representar o país, ela iniciou uma Vakinha online com a meta de R$ 48 mil.
“Competir fora do país para mim é uma mistura de sentimentos. Ao mesmo tempo que me dá medo, eu fico muito orgulhosa por ter chegado a esse nível e poder representar o meu país. Isso significa muito para mim, por tudo que passei até aqui na minha vida”, disse a atleta, que tem como inspiração o multicampeão paralímpico de natação, o também mineiro Gabrielzinho.
Duda, como é carinhosamente conhecida, nasceu prematura de 6 meses, teve que ser reanimada logo após o parto e superou 19 cirurgias e sessões de hemodiálise até conseguir um transplante de rins, há quatro anos.
A luta pela vida veio somada à paixão pela natação. Logo após o transplante, a jovem começou a chamar a atenção pela técnica e qualidade até chegar O desempenho a fez chegar à Liga de Atletas Transplantados e a conquistas regionais. O último título foi conquistado em dezembro de 2024, com duas medalhas na modalidade nado livre e uma na modalidade nado costas, no torneio Sesi-MG.
Mesmo com tamanho potencial, a falta de patrocínio pode ser um entrave para alçar vôos maiores, como o da Alemanha. A quantia necessária para a viagem precisa ser adquirida até o início de junho. A competição acontecerá de 17 a 24 de agosto em Dresden, no leste da Alemanha.
Por ser ainda menor, a mãe, Valeska Porto, maior incentivadora da jovem, a acompanhará na viagem. “A gente conta com o apoio de todos e qualquer quantia é bem-vinda. Infelizmente a Duda ainda não tem um patrocinador e, como mãe, tento fazer de tudo para que ela consiga realizar esse sonho. Com 11 anos, devido ao excesso de cirurgias, o rim dela caiu de 40% para 14% de função. Foram anos de luta, noites sem dormir e idas ao hospital até chegar esse momento incrível que ela está vivendo”, disse Valeska.
Além do esporte, Valeska destaca que a competição também é uma forma de chamar a atenção para a doação de órgãos. “A minha filha teve mais uma chance de viver, outras pessoas, às vezes, ficam em filas de espera e não conseguem. Então vale a pena também conscientizar as pessoas que eles podem salvar a vida de outras”, completou.
Para ajudar a Duda na campanha, acesse:.vaquinha/duda-na-alemanha, ou entre em contato com ela ou a mãe pelas redes sociais ( @vall_porto e @dudaporto.nadadora_)
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