‘MULHERADA, PRETAS, É POSSÍVEL’

Mulheres quebram recorde e mostram ‘força das pretas’ brasileiras em Paris

Brasileiras superam conquistas de Tóquio e apresentam novas representantes nacionais

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/08/2024 às 10:29.

Brasileiras conquistam o topo em medalhas e representatividade em Paris (Montagem: Foto: Helena Petry/COB, Ricardo Bufolin/CBG, Miriam Jeske/COB)

Com o Brasil garantido na final do futebol feminino, as atletas brasileiras chegaram a dez medalhas em Paris, até o momento, quebrando o recorde de pódios em uma mesma edição. O feito superou as nove conquistadas em Tóquio/2020. 

Além disso, as atletas são as responsáveis por colocar o Time Brasil na 17ª posição no quadro de medalhas. Até a manhã desta quarta-feira (7), o Brasil somou 14 (já contabilizando a do futebol feminino, que será ouro ou prata), sendo  nove vindas das mulheres, uma mista e apenas três por homens.  

O resultado feminino na França confirma a ascensão das brasileiras no esporte. Pela primeira vez na história das olimpíadas, a delegação brasileira é formada por 56% de mulheres, sendo 153 contra 124. Dentre os grandes nomes, Rebeca Andrade foi além das expectativas ao faturar o ouro no solo, batendo a fenomenal Simone Biles. 

O feito colocou Rebeca como a maior atleta olímpica da história brasileira, entre homens e mulheres. A ginasta chegou a seis medalhas no total, sendo quatro conquistadas em Paris. Além de Andrade, o outro ouro do Brasil veio no judô, com Bia Sousa. Bia superou adversárias número 1 e 2 do ranking e a perda da avó  para chegar ao topo do pódio.

Representatividade

Bia Sousa entrou para a história do judô com o ouro e com uma frase que representa o desafio de diversos atletas: “mulherada, pretos e pretas, é possível". A fala ganhou força, vindo da judoca que se tornou mais uma referência negra para os esportistas nacionais.

Bia se junta a Rayssa Leal, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros e Rebeca Andrade, maior atleta olímpica do Brasil, que sempre destaca a felicidade de “representar a negritude”, assim como a antecessora Daiane dos Santos foi para ela.  Vale lembrar que, atletas como elas, chegaram ao Jogos por meio da participação de projetos e políticas sociais de apoio ao esporte. 

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