RIO DE JANEIRO - O famoso "jeitinho brasileiro" funciona nos lugares mais inusitados. Durante os Jogos Olímpicos, por exemplo. Enquanto a dupla brasileira Pedro Solberg e Evandro Oliveira encarava os cubanos Nivaldo Nadhir Diaz Gomez e Sergio Reynaldo Gonzalez Bayard na Arena do Vôlei de Praia, no Leme, dezenas de pessoas que não conseguiram ingresso acompanhavam o duelo pelos telões. O detalhe é o lugar de onde isto acontecia.
Cercados por grades, os torcedores sentaram na areia da praia e, aglomerados, vibravam a cada ponto dos brasileiros. Do lado de dentro, o público tinha acesso aos bares e a uma vista privilegiada do confronto. Nos intervalos, a escola de samba Beija-Flor animava a plateia. Quem ficou na areia, apesar de não ter tais regalias, curtiu como se tivesse no mesmo ambiente.
O servidor público André Souza, por exemplo, viajou sozinho de Fortaleza para o Rio de Janeiro e se juntou aos "praieros". O cearense, de 36 anos, apesar de não acompanhar a partida de Evandro e Solberg, tem entrada garantida para outras competições.
"Está ótimo aqui de fora, apesar do frio. Acho que dentro da Arena deve estar fantástico", diz Souza. Acho que deveriam ter colocado um telão para quem não entrou e ficou no entorno", acrescenta.