Mercado Central de BH anuncia reabertura de lojas não essenciais; bares seguem fechados

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
Publicado em 14/05/2020 às 18:20.Atualizado em 27/10/2021 às 03:30.
 (Flávio Tavares/Reprodução)
(Flávio Tavares/Reprodução)

O Mercado Central de Belo Horizonte anunciou nesta quinta-feira (14) que vai puxar a reabertura gradual do comércio em BH, na próxima segunda-feira (18), com a liberação de funcionamento de suas lojas consideradas não-essenciais. Bares e restaurantes, porém, continuarão fechados. O processo de reativação será acompanhado pela Guarda Municipal e ocorrerá somente com o cumprimento de diversas medidas restritivas, como o limite de entrada de clientes.

Dessa forma, além das farmácias e vendas de alimentos, que nunca deixaram de funcionar, poderão abrir as portas os comércios de artesanato, de animais e plantas, além de outros. Os tradicionais restaurantes e bares do Mercado continuarão podendo vender apenas via delivery, sem atendimento ou consumo no local. A mudança foi possível após uma reunião entre a diretoria do Mercado Central e a Prefeitura de BH, na segunda-feira (11), quando ficou alinhado medidas de controle da proliferação do novo coronavírus no centro de compras.

Entre elas, a principal é a redução no número de pessoas em circulação no interior do espaço. Se o movimento diário antes da pandemia era de 31 mil visitantes, o Mercado limitará a 370 a quantidade de clientes simultâneos no local. De acordo com o superintendente do Mercado Central, Luiz Carlos Braga, o método já foi testado e será praticado por meio de cartões magnéticos higienizados, entregues aos consumidores nas quatro portarias (das oito existentes) que estarão abertas. O comprador também terá álcool em gel à disposição e só poderá entrar com máscara de proteção.

Outra ação importante é a disponibilização das 16 câmeras do circuito interno de segurança para o Centro de Operações da prefeitura, que acompanhará a circulação de clientes no interior do Mercado e poderá intervir, por meio da Guarda Municipal. Os agentes também auxiliarão nas portarias. Segundo Braga, todas as ações buscam permitir que o funcionamento do espaço ocorra sem aglomeração.

"Tudo será feito com disciplina. Iremos redisciplinar nossos comerciantes e o público também terá que colaborar. Saíram 20 pessoas, entram 20. Se depender do Mercado, faremos o necessário para que a cidade volte ao normal o mais rápido possível", afirmou o gestor.

As novidades, porém, não alteram o horário de funcionamento do Mercado Central, que foi modificado no início da pandemia de Covid-19 para início às 8h e término às 17h, de segunda a sábado, continuando fechado aos domingos. As entradas abertas serão o estacionamento, portaria da avenida Amazonas com rua dos Goitacazes; da rua Santa Catarina; e da rua Curitiba com avenida Augusto de Lima.

Reabertura é 'ensaio'

De acordo com Braga, a PBH vê a reabertura do Mercado como um 'ensaio' ou 'modelo' para os demais comércios. "Abriremos uma semana antes da data prevista, que seria o dia 25. Estamos fazendo esse projeto como um piloto da prefeitura. Ficamos lisonjeados pelo convite da prefeitura", disse.

O teste, porém, será bem-sucedido a depender do comportamento do público, pontuou o gestor. "Temos que ver como a população reage. Temos um compromisso de reabrir a cidade. Não quero aglomeração no corredor. Estaremos firmes nisso. Torcemos para passar por essa situação da Covid o mais rápido possível", finalizou.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que está ciente da reabertura dos estabelecimentos que estão enquadrados no decreto municipal. Além disso, o Mercado Central irá adotar medidas de restrição para controlar o número de pessoas que irão entrar no local. A PBH salienta ainda que os bares e restaurantes permanecerão fechados. 

A Guarda Municipal irá manter agentes nas três portas de acesso que serão abertas para verificar se a administração do Mercado estará cumprindo as medidas necessárias, como o controle do número de clientes, o uso de máscaras e a disponibilização de álcool em gel..

Mercado Central

Eleito pela revista de bordo 'TAM nas Nuvens' em janeiro de 2016 como o terceiro melhor mercado do mundo, perdendo apenas para o Mercat de la Boqueria (Barcelona) e o Borough Market (Londres), o Mercado Central é um dos principais atrativos turísticos da capital mineira, com público anual estimado em mais de 1,3 milhão de pessoas por ano. O espaço oferece diversos produtos alimentícios, como temperos e queijos, além de itens do artesanato local e bares e restaurantes.

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