Fábio Baccheretti

Altas temperaturas e novo sorotipo fizeram disparar casos de dengue em Minas, diz secretário

Para Baccheretti, todas as mortes para a doença podem ser evitadas com tratamento.

Raquel Gontijo
rgontijo@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/02/2024 às 12:50.Atualizado em 16/02/2024 às 12:54.
 (Redes Sociais/Reprodução)
(Redes Sociais/Reprodução)

As altas temperaturas registradas em 2023 e a circulação de um novo sorotipo da dengue foram os principais fatores que contribuíram para a disparada da doença em Minas, conforme avaliou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta sexta-feira (16).

"É super importante a gente entender que são dois novos sorotipos. O tipo 2 já circulava muito fortemente, e o sorotipo 3 voltando a circular aqui. As altas temperaturas recordes e a população susceptível ao novo sorotipo foram determinantes para o aumento de casos", disse o secretário.

Baccheretti detalhou ainda que o Estado já ultrapassou o pico da previsão, e que já é a pior situação enfrentada com relação à doença. "Essa última semana epidemiológica ainda não temos todos os dados, mas nunca vivenciamos uma inclinação tão forte de dengue na nossa história. Já ultrapassamos o pico da previsão e nós já vamos ultrapassar o valor máximo do pico dos outros anos", afirmou.

Sobre a capital, o secretário disse que os casos devem aumentar nas próximas semanas. "Em Belo Horizonte, nós devemos estar vivenciando o pior momento, com umas duas, três semanas de muitos casos, e depois a tendencia de começar a diminuir, mas de forma lenta", enfatizou.

O responsável pela pasta explicou que, nesse momento, o foco é nos pacientes. Ele também destacou que as mortes são evitáveis. "É muito importante a gente focar no atendimento, pois todas as mortes para a doença têm de ser consideradas evitáveis. E morte por dengue se evita com tratamento no tempo certo. A conversão do paciente com dengue para a dengue hemorrágica ocorre no quinto dia da doença. É importante garantir que esses pacientes tenham o retorno do posto de saúde, garantir que ele não está piorando", detalhou.

Mortes

Um balanço do executivo estadual divulgado nessa quinta apontou que subiu para 18 o total de mortes por dengue no território mineiro. O Estado registrou 181.645 casos prováveis (confirmados e suspeitos, exceto descartados). Desse total, 62.872 foram confirmados. Até o momento, 100 óbitos estão em investigação.

As mortes pela doença foram registradas em Belo Horizonte (4), Cordisburgo (2), Ribeirão das Neves (2), Arceburgo (1), Bocaiúva (1), Conselheiro Lafaiete (1),  Crucilândia (1), Jequitaí (1), Lagoa Santa (1), Monte Belo (1), Nepomuceno (1), Sarzedo (1) e Sete Lagoas (1).

Zika e Chikungunya

Em relação à chikungunya foram registrados 22.686 casos prováveis, dos quais 15.222 foram confirmados. Até o momento, há um óbito e 13 em investigação.

Quanto à zika, até o momento, foram registrados 22 casos prováveis. Foi confirmado um caso. Não há óbitos em Minas.

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