Mineração

App passa a alertar sobre riscos de rompimento em barragens a partir desta semana

Luciane Amaral e Pedro Faria
@pedfaria
14/09/2022 às 13:19.
Atualizado em 14/09/2022 às 14:42

Presidente do Ibram, Raul Jungmann conversou com jornalistas durante evento no Expominas (Luciane Amaral)

Informações sobre a segurança de barragens da mineração poderão ser acessadas, em breve, por meio do celular. O monitoramento será uma das funcionalidades do aplicativo Prox, que vai mostrar alertas sobre os níveis dos reservatórios às comunidades vizinhas e autoridades. Atualmente, o app já têm dados sobre estruturas da Cemig.

A previsão é que a nova medição esteja disponível ainda nesta semana, mas a tecnologia promete ser uma grande aliada para ajudar a evitar tragédias, como as de Mariana, na região Central, e Brumadinho, na Grande BH, que registraram mortes e destruição após o rompimento de barragens.

“É um aplicativo para mostrar as situações das barragens. Você consegue saber se está diante de chuvas muito intensas, se tem problemas com a barragem, qual zona de salvamento e a rota de fuga”, disse, nessa quarta-feira (14), o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungman. 

Ele participou de um painel com jornalistas durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram 2022), no Minascentro, em Belo Horizonte. Jungman admitiu que a mineração ainda carrega uma imagem negativa devido aos desastres em Minas.

O presidente do Ibram também demonstrou preocupação com a situação do meio ambiente. Medidas de preservação para diminuir os impactos ambientais da atividade devem ser reforçadas.

“É uma questão central. Não há nenhuma possibilidade no futuro para uma empresa que não entenda que a questão socioambiental é decisiva. Se nós não atentarmos a isso, não teremos futuro”, disse.

Raul Jungman ainda criticou os garimpos ilegais. Segundo ele, o Ibram têm atuado para aumentar o controle e defendeu mais punição aos infratores. “Garimpo ilegal destrói o meio ambiente, a vida. É cadeia. Temos uma posição radical e estamos trabalhando com a Polícia Federal para monitorar o ouro que é retirado ilegalmente”. 

Ainda sobre o tema, criticou as distribuidoras de títulos e valores mobiliários (Dtvm), que vendem o ouro de minas irregulares, com base na lei da boa-fé, sem emitir notas fiscais. “A nota fiscal permite que a gente faça o rastreamento, evitando lavagem de dinheiro”.

Exposibram 2022
A feira - que retorna em formato presencial após a pandemia - começou na segunda-feira (12). O evento termina nesta quinta (15), com expectativa de reunir 55 mil visitantes no Expominas BH. São 550 estandes.

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