Pelo menos três novos espaços capazes de reforçar o socorro a pacientes com dengue poderão ser abertos em Belo Horizonte. Cada estrutura funcionaria como uma espécie de "hospital de campanha". A meta é levar as instalações às regionais Centro-Sul, Barreiro e Venda Nova, localidades com alta incidência de casos da doença. A informação foi dada nesta segunda-feira pelo secretário municipal de Saúde, Danilo Borges.
Detalhes sobre o funcionamento das unidades não foram informados pelo chefe da pasta, mas, segundo a assessoria de imprensa da PBH, a ideia é oferecer os mesmos serviços dos Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) - que recebem pessoas sintomáticas de forma espontânea - e das Unidades de Reposição Volêmica (URVs), que recebem usuários que precisam de hidratação venosa e assistência contínua.
A prefeitura está em busca de instituições parceiras para tirar o projeto do papel. Segundo Danilo Borges, a Secretaria de Saúde não dispõe de locais para a instalação dos novos pontos de atendimento. De acordo com ele, o planejamento de combate à epidemia foi enviado ao Ministério da Saúde na busca por recursos do governo federal.
Filas, demora e reclamações de pacientes que buscam atendimento nas unidades de saúde têm sido recorrentes nos últimos dias em meio à epidemia de dengue na capital. O cenário, no entanto, pode ficar ainda mais delicado. Segundo o secretário de saúde, a "pressão será muito forte por atendimento" nas próximas duas semanas.
Durante a pandemia da Covid-19, o Governo de Minas montou um hospital de campanha no Expominas, na região Oeste de BH. No entanto, a unidade não recebeu pacientes e teve um custo de aproximadamente R$ 5 milhões. Posteriormente, os equipamentos, medicamentos e profissionais utilizados foram destinados às para unidades de saúde da Fundação Hospitalar do Estado (Fhemig).
* Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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