(Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia)
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal em Unaí, no Noroeste de Minas, que antecipe o julgamento da ação em que a União e o órgão cobram dos condenados pela Chacina de Unaí o pagamento de R$ 29 milhões para compensar prejuízos causados aos cofres públicos.
Segundo o MPF, o valor foi calculado com base nas despesas que o Governo Federal teve com pagamentos de indenizações e pensões às famílias dos quatro servidores do Ministério do Trabalho assassinados em 28 de janeiro de 2004. O pedido foi apresentado à Justiça nessa sexta-feira (31).
Na manhã daquele 28 de janeiro, os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada de terra, próxima de Unaí, enquanto fiscalizavam a região por conta de denúncias de trabalho escravo.
A denúncia do MPF foi oferecida em 2004, mas os julgamentos na primeira instância só foram encerrados 18 anos depois, em 2022. Dois fazendeiros, acusados de serem os mandantes do crime, foram condenados pelo Tribunal do Júri por quádruplo homicídio, triplamente qualificado por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas. Eles recorreram da condenação e aguardam o julgamento dos recursos em liberdade.
Os outros dois réus, condenados por terem intermediado o crime, também aguardam o resultado dos recursos em liberdade. Já os três pistoleiros foram condenados em 2013. Eles estavam presos desde 2004.
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