Minas vai ganhar um novo complexo de saúde com serviços 100% gratuitos. O Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio (HoPE) será construído no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, e tem previsão de atender mais de 200 mil consultas especializadas, com 30 mil internações e mais de 2 milhões de exames.
O projeto, lançado na manhã desta sexta-feira (6), conta com 532 leitos hospitalares, sendo 400 clínicos e cirúrgicos e 100 de UTI, além de 60 consultórios.
A construção do empreendimento no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, será no modelo de Parceria Público-Privada (PPP).O cronograma prevê a abertura de uma consulta pública até o dia 24 de dezembro.
No início de 2025, serão realizadas audiências públicas, com a publicação do edital de licitação previamente agendada para o primeiro trimestre de 2025. A expectativa é iniciar as obras em 2026, após a seleção do parceiro privado, e a conclusão em 2029.
De acordo com o Governo de Minas, já existem dois aportes financeiros liberados para as obras. O primeiro é oriundo do desastre de Brumadinho, sendo pouco mais de 200 milhões de reais. O outro será do Tesouro Estadual, sendo cerca de 100 milhões de reais. Ao todo serão praticamente 350 a 400 milhões de aportes, e o restante do investimento será dividido dentro desse contrato.
“É importante dizer que só é possível fazer esse hospital no modelo PPP porque o Estado de Minas não tem hoje 1 bilhão de reais para fazer uma obra dessas e sabendo que as obras executadas pelo Estado elas são mais lentas do que pela iniciativa privada”, disse o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
O HoPE contará com uma infraestrutura integrada de saúde pública, reunindo: oncologia, infectologia, pediatria, hematologia, maternidade e saúde da mulher – e o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen/MG).
O novo complexo concentra os serviços que atualmente são prestados nos hospitais João Paulo II, Alberto Cavalcanti, Eduardo de Menezes e Odete Valadares.
“Nós temos prédios antigos que foram muitas vezes adaptados e dificilmente atende às questões sanitárias atuais como rodapé de madeira, fogo etc, esse tipo de coisa hoje é totalmente inadmissível na área da saúde. Você refazer uma construção antiga tem muitas vezes um custo maior do que você começar algo do zero”, falou o governador Romeu Zema (Novo).
Leia mais