Afonso Pena

Em greve, servidores da educação protestam na porta da PBH

Grupo reivindica valorização salarial

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
Publicado em 19/02/2024 às 13:27.Atualizado em 19/02/2024 às 13:39.

Servidores da rede municipal de educação realizam uma manifestação em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, na região central, nesta segunda-feira (19). A principais reivindicação é a valorização salarial.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede). Os servidores permanecem de braços cruzados mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas de Gerais deferir, no sábado (17), o pedido da PBH para suspender a greve. Uma nova assembleia está marcada para esta terça-feira (20) para definir os rumos do movimento.

“Estamos tentando aqui conseguir uma nova negociação porque a prefeitura, desde dezembro, diz que já apresentou o máximo que poderia, que é um aumento de 8,5%. Esse índice é geral para todos os servidores e a gente entende que tem que ter um índice para todos, mas a educação tem verba própria. O Fundeb é vinculado ao pagamento salarial. Reivindicamos  que seja feito pelo menos o índice do Fundeb”, afirma Caroline de Andrade, da diretoria colegiada do Sind-REDE/BH.

Enquanto a manifestação ocorria na rua, o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, concedia entrevista na sede da PBH. De acordo com ele, as negociações estão emperradas devido ao valor pedido pela categoria, acima dos 8,5% oferecidos pelo Executivo. 

“Não vamos ultrapassar os limites, tratar as categorias de forma distintas. Eu não posso desrespeitar 13 categorias com quem a gente já conversou e negociou. Não dá para pagar mais do que já foi oferecido”, disse. 

Suspensão da greve

Conforme a decisão do desembargador Wilson Benevides, do TJMG, em caso de descumprimento da determinação de suspender a greve, haverá o pagamento de multa diária de R$ 100 mil. Além disso, a decisão ainda ordena que a prefeitura proceda ao desconto dos dias de exercícios não trabalhados pelos servidores em virtude da greve. 

Na ação, a prefeitura argumentou que, embora se reconheça aos servidores municipais da educação o direito de exercício de greve, o sindicato deveria assegurar, ao menos, um contingente mínimo de trabalhadores em atividade para evitar a interrupção da prestação de serviço.

*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca

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