Faltando quatro meses para as eleições municipais, possíveis candidatos  e assessores já começam a traçar estratégias para a campanha política. E dois temas que estão se tornando cada vez mais decisivos são a comunicação e o uso do marketing digital - que, inclusive, podem ajudar a definir os candidatos eleitos.

Esta é a avaliação da especialista em marketing digital político e diretora do instituto de pesquisa Sigdados, Raquel Vasconcelos, que palestrou nesta quarta-feira (5) no segundo e último dia do 39º Congresso Mineiro de Municípios, realizado no Expominas, em Belo Horizonte. Para ela, a comunicação vai ditar as regras da eleição deste ano.

“Quem se comunica melhor, vai sair na frente, principalmente com as redes sociais. Sete a cada 10 pessoas que consomem internet estão nas redes sociais. Então, o público atingido é muito grande”.

Raquel avalia que ter uma comunicação mais direta possível com o eleitor também será crucial.

“O marketing digital também é saber se comunicar com o público, neste caso os eleitores. É usar os dados de analises e levantamentos como forma de sustentar que a gestão é boa”.

Para isso, a diretora do Sigdados ressalta que os atuais prefeitos devem acompanhar os índices dos mandatos, com base, por exemplo, nos números dos ministérios da Saúde, da Educação e avaliar como eles podem ser melhorados, ampliando o marketing da gestão. Com estes dados em mãos, o político poderá usá-los como benefício nas próprias redes sociais.

“Com esses números, ele pode fazer a campanha afirmando que é o melhor prefeito por tais fatores, que ele sabe trabalhar em prol da população, por exemplo”.

Sobre o Congresso

O tema abordado por Raquel Vasconcelos no Congresso Mineiro de Municípios foi “Marketing digital no setor público - o uso de dados e redes como estratégia de comunicação".

Ao todo foram dois dias com diversas palestras. Representantes de pelo menos 500 prefeituras mineiras estiveram reunidos para debater assuntos como as eleições e soluções para as dívidas municipais, projetos de lei que visam sustentabilidade fiscal, participação feminina na política e crises climáticas.

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