A Interpol incluiu o nome do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa na lista “Difusão Amarela”, de pessoas desaparecidas mantida pela organização internacional. Assim, já nesta quinta-feira (5), é emitido um alerta para as autoridades policiais dos 196 países membros da organização internacional.
A inclusão dos dados foi feita a pedido da Polícia Federal, que atua em conjunto com a polícia francesa para tentar localizar Sousa Castro. O brasileiro foi visto pela última vez em 26 de novembro, em Paris, capital francesa.
Na terça-feira (3), as malas do brasileiro foram abertas e vistoriadas por agentes, representantes da embaixada e conhecidos dele. No entanto, segundo a PF, nenhum elemento que pudesse contribuir com as buscas foi identificado.
A previsão é que a bagagem seja despachada para o Brasil, onde poderá ser realizada uma nova perícia. Entre os itens estão um notebook e o celular, encontrado em frente a um restaurante.
Mistério
Sousa foi socorrido por bombeiros ao cair no rio Sena e alertou um amigo francês que iria procurar a empresa responsável pela locação do seu apartamento em Paris para estender a permanência na cidade, mas o brasileiro não foi mais visto.
O fotógrafo é considerado desaparecido desde 26 de novembro. O brasileiro foi visto pela última vez em um apartamento de aluguel por temporada na rue des Reculettes, em Paris, na França. A polícia francesa fez buscas por ele em necrotérios e hospitais.
Morador de Belo Horizonte, o fotógrafo chegou à capital francesa no início do mês passado e tinha uma passagem de volta ao Brasil para a mesma data em que sumiu. Ele vai com frequência ao país a trabalho.
Apesar de o check-in para o voo de retorno ter sido realizado, ele não embarcou. Um amigo próximo de Flávio recebeu uma mensagem de um conhecido francês dizendo que o mineiro se acidentou e recebeu atendimento no Hôpital Européen Georges-Pompidou no mesmo dia.
Após ser liberado, ainda segundo o homem, ele tentou estender a estadia no apartamento alugado por temporada, se dirigiu até lá e, depois, não deu mais notícias. Os pertences de Flávio, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel pelo francês.
Depois disso, a mãe de Flávio começou a ligar insistentemente para o celular dele e, na madrugada do dia 28, um funcionário de um restaurante atendeu. Ele não falava português e passou a ligação para um colega brasileiro, que explicou que encontraram o aparelho em um vaso de plantas no início da manhã do dia 27, na porta do estabelecimento.
Conforme a família, a embaixada brasileira foi acionada, solicitando que a Interpol emitisse um alerta para localizar o fotógrafo.
Amigos e familiares dizem, também, que Flávio não tinha o costume de passar tantos dias sem dar notícias. A esperança de todos é que ele seja encontrado vivo.
O mineiro é formado em artes plásticas pela Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e sócio da empresa Toujours Fotografia junto a Lucien Esteban.