Operação da PF

Grupo que lucrou R$ 1 bilhão explorando paraguaios para produzir cigarros em Minas é investigado

Policiais apreenderam uma grande quantidade de cigarros falsos

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 09/10/2024 às 09:03.Atualizado em 09/10/2024 às 13:27.
Policiais apreenderam mais de 100 caixas de cigarros falsificados (Divulgação/ PF)
Policiais apreenderam mais de 100 caixas de cigarros falsificados (Divulgação/ PF)

Uma operação da Polícia Federal investiga um grupo suspeito de lucrar R$ 1 bilhão explorando paraguaios para produzir cigarros falsificados em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Nesta quarta-feira (9), os agentes cumprem 2 mandados de prisão, 41 de busca e apreensão e de bloqueios e sequestro de bens dos suspeitos. Uma grande quantidade de cigarros foi apreendida. (Veja vídeo)

Mais de 170 policiais federais atuam nas operações que também investigam suspeitos no Distrito Federal, Goiás e Pernambuco. 

De acordo com a PF, as investigações começaram a partir de denúncias que relataram a venda de cigarros falsificados ou contrabandeados em Valparaíso de Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal, e em Uberaba. 

Os suspeitos ainda teriam uma fábrica onde trabalhadores paraguaios seriam explorados em condições análogas à escravidão para a produção dos cigarros falsificados. 

Segundo a PF, os investigados teriam começado seu trabalho com venda de cigarros legítimos, mas começaram a querer lucros maiores e passaram a vender cigarros de uma fábrica clandestina, provavelmente localizada em Minas. 

Durante as investigações a PF conseguiu amostras dos cigarros e fumos vendidos, de forma que laudos periciais e consulta aos supostos fabricantes teriam confirmado as suspeitas. 

As investigações feitas indicaram a movimentação de R$1.473.870.264,00 pelo esquema. Para conseguir movimentar a carga pelas rodovias do Brasil, o grupo teria falsificado documentos e notas fiscais para burlar as fiscalizações. 

A polícia relatou ainda que os suspeitos inclusive ironizavam as abordagens, e que “aprendiam cada vez mais” a cada nova abordagem com fiscais e policiais. 

Os investigados podem responder por crimes relacionados à falsificação de cigarros e documentos tributários, pelo comércio de produtos impróprios para consumo, pelo trabalho escravo e por lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar os 48 anos de prisão.

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