(Reprodução Facebook)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou o inquérito policial sobre a suspeita de injúria racial e tentativa de subtração de menor que teria ocorrido no posto Graal, em Ribeirão Vermelho, em junho deste ano. A conclusão da polícia de Lavras, onde houve a investigação, é que Jamille Stephanie Sales Azevedo, de 22 anos, criou uma narrativa fictícia sobre o caso.
Por conta disso, a estudante deixou de figurar como vítima de tentativa de subtração de menor e injúria racial e foi indiciada pelo crime de denunciação criminosa. Mais informações serão passadas à imprensa na tarde desta sexta (20), em Lavras, pelos delegados Marcelo Vilela Guerra e Ailton Pereira.
O caso ficou famoso por causa de um relato que Jamille fez no Facebook de que uma mulher teria tentado roubar sua filha, de 1 ano e 5 meses, e que funcionários do estabelecimento comercial não teriam lhe dado a atenção devida, por ser uma mulher negra e mãe de uma criança branca. A postagem teve mais de 90 mil compartilhamentos em menos de 20 horas.
A repercussão do caso foi tão grande que Jamille e o marido, Roberto Edaes, foram ao programa “Fátima Bernardes”, da Rede Globo, para falar sobre preconceito racial.
O Hoje em Dia publicou, com exclusividade, no dia 30 de junho, entrevista com Jamille, em que a estudante negava ter feito uma postagem no Facebook e dava uma versão diferente para o caso, negando que uma mulher havia tentado raptar sua filha.
A reportagem ligou várias vezes na manhã desta sexta-feira (20) para o escritório do advogado de Jamille, Marcelo Machado, mas o advogado ainda não retornou às ligações.
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