Ribeirão das Neves

Jovem deu pizza envenenada para namorado na Grande BH que não queria casar; conclui polícia

Segundo o inquérito, mulher ainda asfixiou homem até a morte

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 07/02/2025 às 12:45.Atualizado em 07/02/2025 às 13:33.

A recusa em formalizar o casamento foi a motivação para uma mulher, de 22 anos, envenenar e asfixiar o namorado, de 27, provocando sua morte. A conclusão é da Polícia Civil (PC), que apresentou a conclusão do inquérito nesta sexta-feira (7). O crime ocorreu em 28 de dezembro do ano passado, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Segundo o delegado Marcus Rios, o casal mantinha um relacionamento conturbado há seis anos, marcado por forte pressão psicológica da mulher sobre a vítima.

"No fim do ano passado, a mulher teria marcado unilateralmente a data do casamento, sem o conhecimento das famílias, e realizado todos os preparativos financeiros. No entanto, dias antes da cerimônia, o casal teve um desentendimento e o homem não compareceu ao cartório na data marcada", contou o policial.

Ainda de acordo com o delegado, a suspeita já teria iniciado os planos para o assassinato no dia em que o casamento não ocorreu. "Cinco dias depois, ela teria buscado informações sobre a compra de chumbinho, um veneno utilizado contra ratos, com um rapaz que ela mantinha um relacionamento extraconjugal. No dia do crime, a mulher misturou o veneno em uma pizza e ofereceu ao namorado", detalhou Rios.

O delegado contou ainda que, como o efeito da substância demorou a se manifestar, ela recorreu à asfixia para matá-lo. "Em seguida, enrolou o corpo em fita adesiva, um cobertor e uma lona, escondendo-o nos fundos de um barracão em construção no mesmo terreno da família dela", disse.

Confissão do crime e prisão

Conforme a investigação, no dia seguinte ao crime, a mulher seguiu a rotina normalmente, chegando a ir ao cinema com a prima. Durante o passeio, teria confessado o crime à prima.

Ao saber que os familiares do namorado a procuravam, a mulher abandonou o carro da vítima e voltou para casa. Durante a madrugada, retirou o corpo do esconderijo e tentou cavar uma cova. Antes do amanhecer, ateou fogo no carro da vítima e voltou para casa.

Conforme esclareceu o delegado, a própria mãe da investigada desconfiou da versão apresentada pela filha para o sumiço do namorado e, após pressioná-la, conseguiu que ela confessasse o crime. A mulher indicou onde escondeu o corpo, e outros familiares confirmaram a localização antes da chegada da polícia.

“No final das contas, foi a mãe dela quem lhe deu voz de prisão ao descobrir tudo. A investigada queria escapar e se esconder, mas foi impedida por ela até a chegada dos policiais”, destacou Marcus Rios.

Com a conclusão do inquérito, a mulher foi indiciada por homicídio qualificado por motivo fútil e emprego de veneno, ocultação de cadáver, incêndio e fraude processual. Ela permanece presa à disposição da Justiça.

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