Processo internacional

Julgamento de mineradora por tragédia em Mariana termina nesta quinta em Londres

Prefeito de Mariana, Juliano Duarte (PSB) está na capital da Inglaterra para acompanhar as alegações finais do processo

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 13/03/2025 às 11:17.Atualizado em 13/03/2025 às 12:42.
Rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, ocorreu em 2015 (Antônio Cruz / Agência Brasil)
Rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, ocorreu em 2015 (Antônio Cruz / Agência Brasil)

O julgamento contra a mineradora australiana BHP pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, em 2015, encerrou-se nesta sexta-feira (13). O veredito deve ser anunciado em alguns meses, com 630 mil pessoas afetadas reivindicando indenizações. O prefeito de Mariana, Juliano Duarte (PSB), viajou para Londres para acompanhar as alegações finais do processo.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte (PSB), acompanhou as alegações finais do processo em Londres, ao lado do advogado e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de três vítimas do rompimento da barragem, moradoras do distrito de Bento Rodrigues: Gelvana Rodrigues, Monica dos Santos e Pamela Fernandes.

A ação foi movida na Justiça do Reino Unido devido à discordância dos autores com os processos em andamento no Brasil. Eles reivindicam uma indenização de 36 bilhões de libras (aproximadamente 266 bilhões de reais) pelos danos causados pelo desastre.

Ainda não há uma data definida para a divulgação do veredito. A expectativa é que a decisão seja anunciada nos próximos meses, mas a falta de um prazo concreto abre a possibilidade de um novo processo, caso uma das partes decida recorrer.

A barragem de Fundão era operada pela Samarco, uma joint venture da BHP e da mineradora brasileira Vale. A BHP, por sua vez, nega ser a "poluidora direta" responsável pelo desastre desde o início do julgamento, que começou em outubro de 2023, teve um recesso em janeiro de 2024 e foi retomado em março.

Rompimento da barragem matou 19 pessoas

O rompimento da barragem ocorreu em 5 de novembro de 2015. Cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos – volume suficiente para encher 15,6 mil piscinas olímpicas - escoaram por 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce até encontrar o mar no Espírito Santo.

A tragédia deixou 19 mortos. Os distritos mineiros de Bento Rodrigues e Paracatu foram destruídos pela enxurrada. Houve impactos ambientais e as populações de dezenas de municípios de Minas e do Espírito Santo foram afetadas.

A barragem pertencia à mineradora Samarco, uma joint venture (parceria empresarial) entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.

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