Investigação

Médica que sequestrou bebê de hospital pode pegar até 8 anos de cadeia; mulher alegou 'surto'

Suspeita foi detida em flagrante em Goiás

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
24/07/2024 às 17:41.
Atualizado em 24/07/2024 às 18:06

A mulher que raptou uma recém-nascida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) deve responder pelo crime de sequestro qualificado. A pena pode chegar a 8 anos de cadeia, conforme informou a Polícia Civil (PC) nesta quarta-feira (24), horas após a prisão da autora.

À polícia, após ser detida em flagrante, a mulher alegou ter usado uma medicação e entrado em surto. Conforme a PC, ela disse que esse foi o "motivo" de ter levado a menina.

Segundo o delegado Marcos Tadeu, a polícia mineira atuou em conjunto com a de Goiás. Ele destacou que o objetivo principal foi alcançado, que era resgatar a criança.

Agora, as investigações seguem para verificar a motivação do crime e se houve falhas, como na segurança do hospital. De acordo com o delegado, a mulher não tem antecedentes criminais.

A recém-nascida foi sequestrada na noite de terça (23) e foi encontrada na manhã desta quarta (24), em Itumbiara, em Goiás. A menina está bem, segundo a polícia. A suspeita foi presa em seguida, na mesma cidade.

A mulher que se passou por uma médica. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ela circula com a criança dentro da unidade de saúde e quando sai com uma mochila e entra em um carro vermelho. 

Aos pais, a mulher teria dito que era pediatra. A sequestradora teria “examinado” a mãe da criança, apalpando os seios da mulher, verificando se ela teria leite. Pouco depois, a suspeita falou para os pais que levaria o bebê para se alimentar. 

O que diz a Universidade

Por nota, a UFU agradeceu as ações das polícias que resultaram no resgate da criança. "A UFU manifesta sua solidariedade para com os pais da bebê, diante do intenso sofrimento causado e informa que todo suporte necessário a eles está sendo oferecido por nossa equipe do HC-UFU/Ebserh".

A instituição informou que os protocolos de segurança dos pacientes estão sendo revisados "para melhorar o atendimento e a segurança".

Suspeita tomou posse como docente da graduação em Medicina 

Conforme a UFU, a mulher é estudante regularmente matriculada no curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPCSA). Recentemente, ela foi aprovada em concurso público e tomou posse como docente na graduação em Medicina da Faculdade de Medicina da UFU.

"A Universidade Federal de Uberlândia tomará, de imediato, as necessárias medidas administrativas e afirma seu compromisso no esclarecimento, apuração e responsabilização dos fatos ocorridos".

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