A médica que sequestrou uma recém-nascida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na noite dessa terça-feira (23), foi presa nesta quarta (24). A criança foi localizada em Itumbiara, Goiás, a 134 quilômetros de onde foi raptada.
Segundo informações da delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, Lia Valechi, a autora deixou a recém-nascida em uma clínica na cidade goiana e tentou fugir. Os policiais conseguiram localizá-la e efetuaram a prisão.
Ainda conforme a delegada, a autora é médica neurologista formada pela Universidade do Triângulo Mineiro (UFTM) e professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Por nota, a UFU agradeceu as ações das polícias que resultaram no resgate, com segurança, da criança. "A UFU manifesta sua solidariedade para com os pais da bebê, diante do intenso sofrimento causado e informa que todo suporte necessário a eles está sendo oferecido por nossa equipe do HC-UFU/Ebserh".
A instituição informou que os protocolos de segurança dos pacientes estão sendo revisados "para melhorar o atendimento e a segurança".
Entenda o caso
Conforme explicou Edson Ferreira, pai da criança, à polícia, a menina foi levada por uma mulher que se passou por uma médica. As câmeras de segurança flagraram o momento em que ela circula com a criança dentro do hospital e quando ela sai da unidade de saúde com uma mochila e entra em um carro vermelho.
O pai da recém-nascida contou que a mulher enganou todos que estavam no quarto. Ela estaria vestida de médica, teria falado para os pais que era pediatra e estava trocando de turno. A sequestradora teria “examinado” a mãe da criança, apalpando os seios da mulher, verificando se ela teria leite. Pouco depois, a suspeita falou para os pais que levaria o bebê para se alimentar.
Quando o pai suspeitou da demora, foi atrás da filha, porém a mulher já havia saído do hospital com ela.
“Ela se passou por médica e enganou todo mundo que estava no quarto. Com roupa de médico, bem articulada, falando bem. Chegou e falou que era pediatra e pegou todos de surpresa. Tinha identificação e tudo, jaleco, uma mochila, como se estivesse trocando de turno”, afirmou o pai da criança em entrevista à imprensa local.
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