Alerta

Morcego com vírus da raiva encontrado no Sion é o 11° caso em menos de 5 meses na capital

Ações de bloqueio vacinal de cães e gatos foram adotadas

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
28/05/2024 às 12:17.
Atualizado em 28/05/2024 às 12:18

Onze casos de morcegos com o vírus da raiva já foram registrados em Belo Horizonte este ano. Nesta terça-feira (28), a prefeitura confirmou que um animal foi recolhido no bairro Sion, na zona Sul da capital. Ações de bloqueio vacinal de cães e gatos foram adotadas em raio de 300 metros. 

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, ações de vigilância para monitorar a circulação do vírus são feitas de forma contínua. Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) são responsáveis por repassar orientações à população quanto às medidas de prevenção.

Em caso de animais com suspeita da doença, principalmente morcegos caídos, a população não deve manipular ou descartar o bicho. É necessário acionar imediatamente o serviço de Zoonoses para recolhimento adequado. Os telefones com as gerências em cada regional da cidade podem ser verificados neste link.

A PBH reforçou que oferta, durante todo o ano, a vacina contra a raiva para cães e gatos em seis locais. Veja a lista aqui. Além disso, também é realizada a campanha antirrábica anual.

Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados

A raiva humana é enfermidade causada por vírus e controlada pela imunização, mas que requer vigilância constante para não voltar ao ambiente urbano. Criado em 1973, o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) levou a imunização  contra a doença a cães e gatos de todo o país. O trabalho levou cerca de 30 anos para conseguir fazer com que a raiva deixasse de circular entre animais das cidades, reduzindo o número de mortes.

O Ministério da Saúde explica que a raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo passar também por meio de arranhões ou lambidas desses animais em mucosas ou feridas. 

O período de incubação varia entre as espécies, mas nos seres humanos a média é de 45 dias após a contaminação, podendo ser mais curto em crianças. Alguns fatores reduzem a incubação, como a a carga viral inoculada e a facilidade de o vírus chegar ao cérebro a partir do local do ferimento.

Após a incubação, o paciente passa por um período de dois a dez dias com mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.

Depois disso, a doença passa para um quadro mais grave, causando ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares generalizados e convulsões. Esses espasmos evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e prisão de ventre grave. Esse agravamento pode durar até sete dias, e o quadro terminal é antecedido por um período de alucinações, até que o paciente entre em coma e morra.

Doença letal

A raiva raramente tem cura, e mesmo os tratamentos mais atuais dificilmente têm sucesso. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre em tempo oportuno e a doença se instala, o protocolo de tratamento da raiva humana inclui a indução de coma profundo, o uso de antivirais e outros medicamentos específicos, mas a letalidade permanece de quase 100%. Em toda a série histórica da doença no país, somente duas pessoas sobreviveram.

* Com informações da Agência Brasil

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