Cinco condenados por estupro de vulneráveis foram presos durante operação da Polícia Civil de Minas, detalhada nesta quarta-feira (4). Todos os acusados abusaram sexualmente de crianças e, em quatro dos casos, possuíam algum vínculo familiar com as vítimas. As penas somam mais de 100 anos de prisão.
Dois dos casos foram de homens - um de 36 anos e outro de 45 - que abusaram de sobrinhas que dormiam na casa deles. Eles teriam entrado no quarto das vítimas à noite para cometer o crime.
O homem de 36 anos cometeu o crime em 2021, e foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão. Já o de 45, abusou da sobrinha de 6, em 2014 e foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão.
“São casos que infelizmente se enquadram na maioria dos casos de estupro de vulnerável, com aquela ideia que o abusador está dentro da esfera de confiança da criança e da família”, afirmou Diego Lopes, delegado da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA).
Em outro caso, um homem em situação de rua, de 63 anos, foi preso e condenado a 13 anos e meio de prisão. Segundo a polícia, ele tem inúmeros registros policiais da prática de importunação sexual de mulheres no centro de Belo Horizonte.
Em 2022, o homem teria apalpado o bumbum de uma menina de 8 anos. O pai da criança viu e relatou o fato. O suspeito foi preso na época, mas depois foi liberado para responder pelo crime em liberdade. Ele foi condenado a cumprir 14 anos de prisão.
Outra prisão foi a de um homem de 52 anos, que abusou sexualmente do enteado de 10 anos de idade, em 2015, na região do Barreiro. Na época, a mãe flagrou o crime e acionou a PM, mas o homem fugiu do local.
A criança contou que os abusos já estavam acontecendo há mais tempo e revelou que o homem ameaçava matar a mãe dele, caso contasse sobre os casos para alguém. O indivíduo foi encontrado na terça-feira (4), em uma casa no bairro Guarani. Ele foi condenado a 20 anos de prisão.
Um homem de 70 anos também foi preso por ter abusado sexualmente da sobrinha de 9 anos de idade. As investigações começaram em 2017. Segundo a Polícia Civil, a vítima relatou os abusos para uma professora da escola e os pais foram acionados.
O autor mora em Caeté e ficava na casa da família quando vinha para Belo Horizonte. De acordo com a polícia, os abusos ocorriam quando o homem ficava sozinho com a menor de idade. Em 2018, foi concedida a medida protetiva para que o investigado não pudesse ter mais contato com a criança. O mandado de condenação foi expedido no início de setembro e o indivíduo foi condenado a cumprir 14 anos de prisão.
*Estagiário, sob supervisão de Valeska Amorim
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