Triângulo Mineiro

Paciente é suspeita de injúria racial contra enfermeira em Minas: 'Faço o que quiser, macaca'

Caso teve início após mulher questionar sobre atendimento no hospital

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/09/2024 às 10:28.Atualizado em 12/09/2024 às 10:56.
 (Dirceu Aurélio / Imprensa MG)
(Dirceu Aurélio / Imprensa MG)

Uma enfermeira de 37 anos denunciou ter sido vítima de injúria racial por parte de uma paciente, de 39 anos, durante atendimento na Santa Casa de Misericórdia, em Patos de Minas, no Triângulo Mineiro. A suspeita foi presa após o ocorrido.

De acordo com a Polícia Militar, o caso ocorreu nessa terça-feira (10). Os militares foram acionados pela vítima, que teria sido chamada de macaca pela suspeita. No local, a enfermeira informou aos policiais que durante um atendimento a outra paciente, a suspeita teria começado as agressões verbais.

Em um primeiro instante, ela teria perguntado se o atendimento dela demoraria, momento em que a profissional pediu que ela aguardasse, pois tinha outras pessoas para serem atendidas.

Ainda segundo a vítima, neste momento a mulher se exaltou e começou as ofensas. Primeiro ela disse que “Você deveria me tratar melhor, pois sou eu que pago seu salário”. A enfermeira pediu que ela fosse tratada com educação, tendo recebido a resposta de “faço o que eu quiser, sua macaca”. A funcionária ainda afirma que a frase foi repetida por diversas vezes.

A enfermeira disse ainda que por conta das agressões verbais, começou a discutir com a suspeita, tendo esta realizado ameaças de agressões com os seguintes dizeres: "eu vou pegar você, vai ver comigo". A paciente ainda caminhou em direção a vítima, tendo que ser contida por testemunhas.

Segundo a polícia, toda a situação foi acompanhada por testemunhas, que confirmaram as afirmações da vítima.

Ofensas continuam na presença da polícia 

Conforme o Boletim de Ocorrência, em um primeiro momento a mulher negou ter realizado qualquer ofensa, relatando que após dar entrada para atendimento médico, foi maltratada por uma enfermeira. Entretanto, ao ser informada que seria encaminhada para delegacia de polícia, teria dito: “já que vou ser presa, quando passar lá, vou chamar ela de macaca novamente.”

Ainda segundo o documento policial, a paciente foi encaminhada para a delegacia e, durante o atendimento, teria pego o celular e ligado para a mãe, dizendo: “vou chamar ela de macaca mesmo, melhor eu ser presa, senão venho aqui e mato ela.”

O marido da suspeita informou aos policiais que a mulher sofre de transtorno bipolar e depressão, faz uso de diversos medicamentos de uso controlado, sendo inclusive aposentada em razão de seus problemas de saúde.

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