Pai de menina morta por pastor diz estar sendo confundido com assassino em grupos de Whatsapp
"Não respeitam a dor da gente', reclamou Welton Ferreira, que enterrou a filha Stefany Vitória nesta quinta-feira (13)
![Welton Ferreira, pai Stefany Vitória, contou que está sendo confundido com o assassino da filha (Fernando Michel / Hoje em Dia)](https://www.hojeemdia.com.br/image/policy:1.1052931.1739467030:1739467030/image.jpg?f=2x1&w=1200)
A dor de sepultar a própria filha ficou ainda maior para o empreiteiro Welton Ferreira, que está sendo confundido com o pastor que confessou o crime. Na chegada ao cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, ele contou que pessoas da região onde mora em Ribeirão das Neves, na região metropolitana, estariam o acusando de ser o assassino de Stefany Vitória - que desapareceu no domingo (9) e foi encontrada morta na terça-feira (11).
Welton Ferreira já foi pastor. "Recebi uma informação de que eles estão falando que eu sou o pastor. Que tem um grupo aí de WhatsApp aí, falando que eu sou o pastor. O que que é isso gente? Não respeitam a dor da gente. É porque eu tenho cabelo branco, sou barrigudinho... Eu atuei lá no meu bairro como pastor. Já tive uma igreja aberta lá, a Barão de Guerra. A igreja fechou, mas eu não atuo. Sou o pai da Stefany", reforçou.
Welton Ferreira conhece o pastor que confessou ter matado a garota de 13 anos. Inclusive, havia sido convidado por ele para frequentar a igreja - onde Stefany e a mãe costumavam ir para orar.
Relembre o caso
A família de Stefany Vitória anunciou o desaparecimento da garota no domingo (9). O corpo dela foi encontrado na segunda-feira (10) em um monte onde frequentado por pessoas para orações em Ribeirão das Neves. O pastor, conhecido da família, foi achado pela polícia e confessou o crime. Ele está preso e segue à disposição da Justiça. Deve responder por feminicídio e ocultação de cadáver.
Os detalhes sobre o crime foram dados nessa quarta-feira (12) pela Polícia Civil. O homem tem 54 anos e de acordo com depoimento da esposa à PC, ele estaria usando drogas - motivo pelo qual ela queria se separar.
Segundo a delegada Ingrid Estevam, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o motivo do crime seria um tapa na cara que a menina deria dado no pastor, após pegar uma carona. A investigação encontrou sangue no carro do pastor.