"Monstro. Tem que apodrecer na cadeia". Assim Welton Ferreira, pai de Stefany Vitória, a garota de 13 anos encontrada morta em Ribeirão das Neves três dias depois de ter desaparecido, falou a respeito do pastor que confessou o crime. O corpo da menina foi sepultado nesta quinta-feira (13) em Belo Horizonte.
Welton comentou que conhecia o pastor. Há cerca de um ano, havia sido convidado por ele para frequentar a igreja no bairro Metropolitano, em Neves, - que não está mais aberta. Local que era frequentado por Stefany e pela mãe. Mas a garota não ia mais, dizia aos pais que não se sentia bem no culto.
"Ele é muito manso, né? Muito mansinho. Um dia eu lá trabalhando, olhei pra ele e falei: 'seu moço, eu vou falar com o senhor uma coisa, o senhor não repara não, eu te vejo como uma lata de arroz, mas vazia, sem conteúdo, sem unção, sabe? O senhor precisa de encher, porque o homem que é de Deus, ele tem que ser cheio. Ele baixou a cabeça e chorou e falou assim: "Me ajuda, eu tô com um problema em casa'", contou Welton Ferreira, sem revelar qual era o problema citado pelo pastor.
O pai da garota acredita que ela tenha sido morta ao tentar fugir da tentativa de estupro - o pastor alegou ter cometido o crime por reação a um tapa na cara que teria levado de Stefany.
"Com certeza, porque um homem, um monstro desse que tem capacidade de matar, qualquer outra coisa ele tem capacidade de fazer. Por que será que ela deu um tapa nele? Talvez estava querendo fugir, não é? Podia até estar se defendendo", ressaltou.
Forte comoção após o crime
O pai de Stefany comentou a respeito da comoção em torno do crime. Desde a atendente do cartório onde foi tirar a certidão de óbito que se emocionou ao redigir o documento até o gerente do cemitério, que isentou a família das taxas pra o sepultamento realizado no fim da manhã desta quinta-feira. A empresa para a qual ele trabalha como empreiteiro adiantou o pagamento para que ele pudesse arcar com as despesas.
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