Por dia, 27 motoristas são flagrados sem o cinto de segurança em Belo Horizonte. A média de pelo menos uma multa por hora escancara o abuso de condutores que colocam a própria vida em risco. O alerta contra essa e outras imprudências em meio às férias de julho – quando muitos moradores da capital pegam o carro para cair na estrada – foi reforçado pela Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra).

De janeiro a junho, 5.003 autuações foram anotadas por policiais e agentes de trânsito em BH, conforme dados da a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). O número é praticamente o mesmo do ano passado (5.037). No Estado foram 63.584 infrações no primeiro semestre de 2024.

Pelas ruas e avenida da metrópole não é difícil encontrar pessoas ao volante sem o equipamento de segurança. Não bastassem os carros de passeio, o HOJE EM DIA fez registros até de ônibus e ambulâncias. 

“Ao não utilizar o cinto de segurança o motorista mostra que todo o restante, o trânsito e as outras pessoas, não importam porque ele não está preocupado nem mesmo com o bem mais precioso, que é a própria vida. Então, além de ser um perigo para si mesmo, a conduta dessas pessoas coloca em risco toda a coletividade”, afirma o diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra.

O médico reforça que, além do motorista, todos os passageiros são obrigados a usar o cinto de segurança. Quem insiste em cometer a irregularidade tem mais chance de se ferir gravemente ou morrer nos acidentes de trânsito.

“Normalmente, em colisões e capotamentos, quando o corpo não está seguro pelo cinto de segurança, ele se comporta como um objeto solto no carro. Não é incomum que os corpos sejam ejetados do veículo”, acrescenta Coimbra.

Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca

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