A Polícia Civil de Minas já identificou 26 corpos das 41 mortes do acidente com ônibus ocorrido sábado (21), no km 286 da BR-116, próximo a Teófilo Otoni, na região mineira do Vale do Mucuri. De acordo com os investigadores, as nove identificações mais recentes ocorreram na manhã deste sábado (28), por meio da liberação dos laudos de exames de DNA.
Ainda segundo a polícia investigativa, 16 corpos já foram retirados pelos familiares. "A PCMG reforça que o acolhimento aos familiares e os esclarecimentos sobre o processo de identificação continuam a ser realizados pelo setor de assistência social do Instituto Médico Legal, pelo telefone (31) 3379-5059", informou.
Tragédia
O acidente ocorreu durante a madrugada do sábado (21), por volta das 3h30. Segundo o chefe do 15º departamento de Polícia de Teófilo Otoni, delegado Amauri Albuquerque, todas as vítimas estavam no ônibus que bateu de frente com uma carreta e acabou pegando fogo em seguida. A maioria das vítimas ficou presa às ferragens e tiveram os corpos carbonizados.
Um terceiro veículo, um carro de passeio, que vinha atrás do ônibus, também se envolveu no acidente, mas os ocupantes do automóvel tiveram ferimentos leves. O ônibus de transporte interestadual, pertencente à empresa Emtram, tinha saído de São Paulo (SP) com destino a Elísio Medrado (BA).
O motorista da carreta que se envolveu no acidente, Arilton Bastos Alves, prestou depoimento de mais de seis horas à Polícia Civil na segunda-feira (23). Ele foi liberado em seguida.
Causas do acidente
A hipótese de que o acidente foi causado pela explosão do pneu do ônibus é uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Minas. A outra é que a carreta estava com excesso de peso, em alta velocidade, e que, na altura do distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, um grande bloco de granito se soltou de um dos reboques, caindo na pista para, em seguida, ser atingida pelo ônibus.
“Oitivas ainda estão em andamento. Vamos ouvir as pessoas envolvidas no acidente, somando provas testemunhais e técnicas para chegarmos à conclusão”, acrescentou o delegado Amauri Albuquerque. Segundo ele, é ainda prematuro afirmar se houve ou não estouro do pneu do ônibus.