
A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (13) uma nota negando, por ora, a participação de um dos suspeitos no assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, encontrada morta na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Inicialmente, a polícia informou que três homens suspeitos de participar do crime foram presos. Todos foram ouvidos, porém, no decorrer das investigações, um deles foi liberado por não ter configurado, por enquanto, participação no crime.
"No curso das diligências, e nas entrevistas antes da tomada dos depoimentos, um dos suspeitos citou a participação de um terceiro autor, o qual também foi conduzido até o DHPP e ouvido formalmente, porém não restou configurado, por ora, a sua participação nesse crime", detalhou a PCMG.
Na tarde desta quinta-feira (13), a PC irá realizar uma entrevista coletiva para apresentar detalhes sobre o crime, como a motivação e causa do assassinato. Os delegados querem esclarecer qual o grau de participação de cada um no caso que terminou com a morte de Clara Maria, que estava desaparecida desde domingo (9).
Quem era Clara Maria
Amigos da jovem contaram que Clara Maria Venâncio Rodrigues adorava andar de skate. Ela era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e morava na capital. A jovem era funcionária de uma padaria artesanal no bairro Ouro Preto, e costumava andar de skate. Um amigo da padaria foi quem denunciou o desaparecimento dela. O estabelecimento publicou uma nota de pesar nas redes sociais lamentando sua morte.
Pelas redes sociais, o namorado se despediu de Clara. Ele menciona a companheira como uma “pessoa incrível, com um coração imaculado e uma bondade fora do comum”.
“Te conheci por tempo suficiente para saber que você era alguém incrível, com coração imaculado, uma bondade fora do comum. Eu nunca vou te esquecer, independente de quanto tempo passe, você vai ser parte de todos nós. Fica bem”, escreveu o namorado no Instagram.
Entenda o caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), testemunhas relataram à polícia que Clara trabalhava em uma padaria e saiu do serviço no domingo (9), por volta das 22h, para se encontrar com o suspeito - dono da casa onde o corpo foi encontrado - para receber o pagamento.
Desde então, ela não foi mais vista. Na madrugada de segunda-feira (10), por volta de 2h50, uma das testemunhas recebeu uma mensagem enviada do celular da jovem. Entretanto, ela desconfiou do "linguajar utilizado" e acionou a polícia.
Nesta quarta (12), os agentes da PC se deslocaram até a casa do suspeito e, antes mesmo de entrarem, sentiram “um cheiro de podridão”. O dono da casa autorizou a entrada e os policiais questionaram o homem, que primeiro negou qualquer envolvimento mas depois admitiu que a mulher estava enterrada no local. Na sequência, relatou a participação de outros dois homens no crime.
O corpo da jovem foi encontrado em uma casa no bairro Ouro Preto na manhã de hoje. De acordo com o Corpo de Bombeiros, estava enterrado e coberto por uma camada de concreto, mas a mistura não se encontrava completamente "seca/ rígida", segundo os militares.
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