A partir desta quarta-feira (5), mais de 169 mil estudantes da rede municipal de educação e de instituições parceiras retornam às aulas para o ano letivo de 2025 em Belo Horizonte. São 55 mil alunos na educação infantil, 114 mil no ensino fundamental e 30 mil nas creches parceiras.
BH terá três novas escolas em 2025
Três novas escolas vão começar a funcionar ao longo deste ano, todas com capacidade de atendimento de 223 crianças em horário integral, totalizando 669 vagas. A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Tupã, no Nova Gameleira, inicia as atividades neste mês, a Emei Estrela Dalva, no Havaí, tem previsão de inauguração em maio e, em setembro, a Emei Padre Eustáquio, que será erguida na área onde funcionava o antigo Aeroporto Carlos Prates.
Atendimento inclusivo é ampliado na rede municipal
Haverá ampliação das salas de Atendimento Educacional Especializado, além de qualificação contínua para todos os professores da Rede, com temas relacionados à educação inclusiva, com foco no espectro do autismo e em práticas pedagógicas inclusivas. Segundo a PBH, também serão intensificadas as rodas de conversa com as famílias de estudantes com deficiência e ampliada a oferta da educação bilíngue em Libras.
Foco na aprendizagem dos alunos
Para o ensino fundamental, será implementada a Gestão da Aprendizagem Escolar (GAE), que é uma política de gestão educacional com foco na melhoria da aprendizagem de todos os estudantes. A GAE apoia os processos pedagógicos e estratégicos com metas e indicadores, fortalecendo e desenvolvendo equipes gestoras para alcançar melhor desempenho e garantir equidade de ensino.
Como será a proibição do celular nas escolas?
Outra mudança importante nas escolas da Rede é a implementação da Lei Federal 15.100/2025, que veda o uso de celulares durante aulas, recreios e intervalos em todas as etapas da Educação Básica, mas permite o uso pedagógico sob orientação dos profissionais da Educação.
Antes do retorno das aulas, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) realizou, na semana passada, a ação de formação “Tirar o celular! E o que fica no lugar? Compreendendo como os jovens lidam com as TICs”, para diretores e vice-diretores das Emeis, Emefs, Creches Parceiras de Belo Horizonte, psicólogos e assistentes sociais, Diretorias Regionais de Educação (Dires) e equipe interna da Smed.
A formação teve como foco as orientações pedagógicas para o diálogo com professores, estudantes e famílias sobre a proibição do uso de aparelhos eletrônicos portáteis nos espaços escolares, enfatizando a importância de se promover a abordagem do tema do uso excessivo de telas com as crianças e os adolescentes, alertando sobre os riscos, os sinais e as formas de prevenção do sofrimento psíquico decorrente desse uso.
A regra já é prevista nos regimentos internos escolares da Rede e será discutida também nos dias 3 e 4 de fevereiro pelas direções escolares, que estarão reunidas com todo o corpo docente para aprimorar a vedação. O objetivo é preparar as equipes das escolas para um alinhamento à nova norma, por meio do diálogo com os alunos e seus respectivos responsáveis. A Smed publicará também, em breve, uma portaria para regulamentar a Lei Federal 15.100/2025 no âmbito da municipal.
Agentes de trânsito vão atuar na porta dos colégios
Ao todo, cerca de 120 agentes da Guarda Municipal e BHTrans vão atuar nas ações de fiscalização nas escolas de todas as regiões da capital para garantir a fluidez do trânsito e segurança dos pedestres.
As ações ocorrerão em parceria com a equipe da BHTrans Educa, que fará abordagens performáticas, alertando os alunos e demais pedestres sobre como fazer uma travessia segura, sem risco de atropelamento. Os alunos serão incentivados a conscientizar os pais de que a fluidez das vias depende da colaboração de todos que estão ao volante. Os personagens/avatares do jogo Transitando Legal, Edu e Mobi, estarão na porta das escolas para apresentar o jogo às crianças e estimulá-las a usá-lo para aprender sobre o comportamento seguro no trânsito.
Confira dicas relativas à segurança na volta às aulas
Na porta da escola
-Nunca pare ou estacione em fila dupla ou nas faixas de pedestre;
- Não estacione em esquinas, passeios, portas de garagens, vagas reservadas para pessoas com deficiência e para idosos, pontos de ônibus ou de táxis ou em outros locais proibidos;
- Atravesse sempre na faixa de pedestre;
- Nunca deixe as crianças desembarcarem no meio da rua. Saia do veículo sempre pelo lado da calçada. Lugar de pedestre é no passeio. Evite acidentes;
- Deixe o material escolar de forma mais acessível para a hora do desembarque.
No trânsito
- Não fale ao celular enquanto estiver dirigindo;
- Diminua a velocidade ao se aproximar das áreas escolares.
- No carro, use sempre o cinto. Use o cinto de segurança corretamente: por cima do ombro, nunca no pescoço ou debaixo do braço;
- Crianças menores de 10 anos devem viajar no banco de trás do veículo. De 0 a 1 ano no bebê conforto; de 1 a 4 anos na cadeirinha; de 4 a 7 anos no assento de elevação; e acima de 7 anos e meio com cinto de segurança.
Preocupação com o transporte escolar
Uma van do transporte escolar com 12 crianças pode representar até 11 veículos particulares a menos próximo à escola. Isso alivia o trânsito, principalmente nos horários de pico. É preciso observar alguns fatores importantes na contratação do serviço:
- Motoristas do Transporte Escolar devem portar o Registro de Condutor (crachá de identificação) da BHTrans e a Autorização de Tráfego;
- Confirme se o serviço oferece um acompanhante (ou monitor). A presença desse profissional é obrigatória para veículos com capacidade superior a 20 lugares;
- Se o serviço possuir um acompanhante, ele também deve estar cadastrado e possuir o Registro de Acompanhante;
- É obrigatório que o prestador de serviço de transporte escolar firme um contrato com os pais ou responsáveis pela criança;
- Exija que os veículos tenham cadeirinha para transporte de crianças com até quatro anos de idade;
- Certifique-se de que o veículo tenha o cinto de segurança nos bancos e que ele esteja em bom estado de conservação e funcionamento. O cinto é fundamental para proteger o seu filho em caso de acidentes. É importante lembrar também que a legislação não permite que crianças sejam transportadas no colo.
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