Belo Vale, na região Central de Minas, decretou situação de emergência administrativa e financeira. O cenário se deve a uma série de dívidas acumuladas e pode provocar o atraso de salários de servidores e o cancelamento do Carnaval na cidade. Segundo a prefeitura, o rombo foi descoberto após o prefeito José Lapa do Santos assumir a gestão, no início deste ano.
“O Carnaval está sendo repensado e existe a possibilidade de não ser realizado. Enquanto não organizarmos a situação pública não teria como ser realizado, não seria correto”, afirmou a procuradora geral, Bárbara Kelly Moreira Ramos.
Segundo ela, a administração municipal está sem dinheiro em caixa para arcar com os compromissos. "Temos várias obras que requerem pagamentos. As empresas estão cobrando”, disse Bárbara Ramos.
Conforme a procuradora, a situação pode se estender pelos próximos meses, prejudicando os funcionários da prefeitura. "O repasse do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do fim de 2024 está atrasado. Os salários ainda não estão, mas podem ficar”.
O decreto de emergência tem duração de 90 dias. “Vamos contratar uma empresa para fazer a fiscalização por meio deste decreto. Também vamos contratar uma auditoria para analisar como foi gasto o dinheiro público. Estamos suspendendo também alguns pagamentos em relação a empresas nas quais não for constatado o devido serviço”, afirmou a procuradora geral.