Nada menos que R$ 4,96 milhões. Esse foi o prejuízo causado à Cemig pelos furtos e roubos de cabos de energia nos últimos cinco anos em Minas. Além dos custos e da interrupção no fornecimento do serviço para os clientes, o crime pode provocar acidentes graves e até matar quem se arrisca em meio à rede de alta tensão.
Quem também amarga prejuízos é a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). No ano passado, a administração municipal gastou R$ 2,6 milhões no reparo de semáforos. Após uma série de furtos de fios em anos anteriores, a PBH adotou medidas que têm contribuído para a redução dos delitos.
Houve a troca dos cabos de cobre por liga metálica, no início em maio de 2022. Em fevereiro daquele ano foram 123 ocorrências, contra 27 no ano passado. Após o início da substituição dos cabos até o momento, os furtos reduziram em 80%.
Mesmo com a redução, o crime ainda desafia as polícias. A dificuldade para conter os delitos foi mostrada neste sábado (16) em reportagem do Hoje em Dia, que mostrou os problemas enfrentados pela população. Só neste semana, dois casos foram registrados em BH - um na Savassi e outro na região Leste. Um deles prejudicou o Hospital de Olhos Hilton Rocha - que é referência em Oftalmologia -, no bairro Santa Efigênia, região Leste de BH.
Para a Conexis Brasil Digital - entidade que reúne as empresas do setor de telefonia e internet - é necessária uma ação coordenada de segurança pública entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto em nível federal como em nível estaduais e municipais, para enfrentar o furto de cabos de telecomunicações.
A entidade defende a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas e ajudem a coibir as ações criminosas.
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