Pelo segundo dia consecutivo, as 19 estações do metrô de Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, amanheceram fechadas nesta quinta-feira (6) devido à greve dos metroviários. Com isso, as estações do Move em BH registram intensa movimentação, já que muitas pessoas acabam recorrendo às viagens de ônibus para chegar ao trabalho.
Na estação São Gabriel, região Nordeste da capital, os coletivos circulam com intervalo de dois minutos, mas ainda assim saíam lotados. Usuários reclamam do transtorno gerado pela greve do metrô.
Eliane Moreira, de 24 anos, usa o metrô para chegar até a empresa onde presta serviços na região Oeste de BH. Com a paralisação do metrô, ela precisou pegar três ônibus para conseguir ir ao trabalho. "É mais tempo gasto, dinheiro e paciência. A gente chega no serviço já cansado e estressado", reclama.
Nessa quarta (5), a BHTrans informou que para atender aos cerca de 100 mil usuários que dependem do metrô por dia em BH, a prefeitura da capital mineira montou um plano de reforço das linhas do transporte coletivo que atendem as estações Vilarinho, em Venda Nova, e São Gabriel.
Segundo a empresa, agentes fazem o acompanhamento da situação, e as viagens extras serão disponibilizadas de acordo com a demanda.
Greve
A paralisação desta semana faz parte da greve iniciada no último dia 25 de agosto, após o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar as condições para a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte.
Segundo o Sindimetro, a privatização terá como consequências demissão dos concursados e aumento da passagem. Eles alegam que será uma paralisação total, sem escala mínima.
Os metroviários alegam ainda que após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas Gerais.
(Raíssa Oliveira / Hoje em Dia)
(Raíssa Oliveira / Hoje em Dia)
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