Pampulha

Zoológico de BH ganha seis novos moradores, incluindo filhote de cervo-do-pantanal

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com
01/09/2022 às 18:42.
Atualizado em 01/09/2022 às 18:50

(Zoológico de Belo Horizonte / Divulgação)

Uma fêmea de cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é a mais nova moradora do zoológico de Belo Horizonte. Ela nasceu em 10 de agosto pesando 5,3 kg, mas somente agora a novidade foi anunciada pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica da capital.

Desde o ano 2000, o zoo de BH já registrou o nascimento de oito filhotes dessa espécie. A última foi uma fêmea em 2007.

O cervo-do-pantanal é endêmico do país e classificado como vulnerável na lista de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ele consta da lista de 25 espécies do Acordo de Cooperação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab), do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, do qual o zoológico da capital participa.

Os pais da filhotinha de cervo vieram para BH por meio do Plano de Manejo do PAN (Plano de Ação Nacional) Ungulados. A mãe é a Valentina, que nasceu no zoo de Piracicaba, no interior de São Paulo, e se mudou para BH em 2017.

Já o pai, Kuara, nasceu no zoológico de São Carlos (SP) e chegou na capital mineira em 2020.

Animais resgatados
O zoo de BH também realiza um trabalho de reabilitação de animais resgatados. Alguns deles não têm mais condições de sobreviver no ambiente natural e acabam ficando permanentemente na instituição.

Foi por meio desse trabalho que chegaram dois machos de jacaré-coroa, um macho de jacaretinga e um macho de ouriço-cacheiro. Os animais estavam em residências e foram entregues voluntariamente aos Centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama em Belo Horizonte e m Divinópolis, no Oeste de Minas, que, na sequência, os direcionou para o zoo da capital.

O jacaré-coroa e o jacaretinga são espécies da Amazônia. Apesar apresentarem baixo risco de extinção, sofrem ameaças como fragmentação e destruição dos habitats, além de caça e comércio ilegal.

Os três animais, após os cuidados veterinários e período de quarentena, foram transferidos para o zoológico de BH e estão em adaptação nos recintos, podendo ser vistos pelos visitantes.

O Ibama também enviou uma fêmea de cascavel ao zoo da capital, mas ela ainda está de quarentena.A serpente, que atinge 1,5 m de comprimento, tem hábitos noturnos e crepusculares. Possui um chocalho no final da cauda, que ganha um novo anel a cada troca de pele. Ela é encontrada em campos e regiões secas do Cerrado e também do México à Argentina.

Atualmente, o zoológico de BH mantém sob seus cuidados mais de 3,5 mil animais de aproximadamente 230 espécies de mamíferos, aves, répteis e peixes, além de um borboletário.

Morte de Camelo 
Depois de  30 dias em tratamento, a camelo fêmea Nataline, que vivia no zoo da capital há seis anos, morreu nessa quarta-feira (30). Segundo a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, o animal foi diagnósticado com linfadenite (infecção no sistema linfático) e não reagiu aos diferentes tratamentos.

(Zoológico de Belo Horizonte / Divulgação)

Nataline estava sob supervisão da equipe de médicos veterinários, biólogos e tratadores de animais, que contaram também com o apoio de professores e pesquisadores especialistas em ruminantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a convite da Fundação.

O exame de necropsia já ficou pronto e indicou, preliminarmente,  que a morte foi causada por insuficiência respiratória e edema pulmonar, em decorrência do processo infeccioso. A expectativa é de que o laudo definitivo seja divulgado em até 30 dias após a realização dos exames laboratoriais. 

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