(Reprodução / Redes sociais)
A Polícia Federal (PF) vê indícios de que a ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro, a advogada Ana Cristina Valle, usou um laranja para contratar financiamento bancário com o objetivo de comprar uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões de reais. A PF pediu a abertura de inquérito para investigar a advogada, candidata a deputada federal, por Brasília, com o nome Cristina Bolsonaro.
A casa de valor milionário fica no Lago Sul, região nobre do Distrito Federal. Ana Cristina chegou a negar ser dona da mansão. Mas, no registro de candidatura na Justiça Eleitoral, declarou ser dona do imóvel que valeria R$ 829 mil, de acordo com ela. A advogada mora no local com o filho, Jair Renan Bolsonaro. A informação é do jornal O Globo.
Segundo a reportagem, o contrato do financiamento foi assinado pelo corretor Geraldo Antonio Moreira Júnior Machado com o Banco de Brasília. "Há indícios de utilização de terceira pessoa interposta para obtenção de financiamento imobiliário. Tal conduta possui alcance típico de delito contra o sistema financeiro", diz o documento da Polícia Federal.
O financiamento, no total, foi de R$ 2,3 milhões. As parcelas de pagamento de quitação são de R$ 14 mil a R$ 16 mil.
Segundo os investigadores, o valor das parcelas é mais do que o dobro do que Cristina Bolsonaro recebia como assessora parlamentar até junho. "Aparentemente incompatível com o exercício da função pública de assessora parlamentar", aponta. Líquido, o salário era cerca de R$ 6 mil.
Ainda de acordo com o documento da PF, a advogada transferiu R$ 867 mil para uma empresa do Geraldo Antonio, que usou parte do dinheiro para dar entrada na compra da mansão dos bolsonaros.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de campanha da Cristina Bolsonaro. O espaço continua aberto para um posicionamento.
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