Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

O que esperar de um plano de governo: Dignidade, Inovação e Empreendedorismo

22/08/2024 às 06:09.
Atualizado em 22/08/2024 às 20:11

Até as palmeiras da praça da liberdade em BH sabem que o plano de governo de um candidato não é o fator principal para a decisão do voto do eleitor. A definição derradeira do eleitor no seu solitário momento com a urna eletrônica no dia da eleição é um processo emocional que envolve vários fatores, com ênfase para o atual cenário político fortemente polarizado e com predominância das redes sociais.

Não obstante o dito acima, um plano de governo não pode e não deve ser desprezado. Por mais que muitos dos candidatos o enxerguem como algo meramente protocolar por ser uma exigência da legislação eleitoral seu registro junto à candidatura, cabe aos eleitores a leitura do material, ou ainda atentar para seu conteúdo nas diversas formas de ser externalizado pelos candidatos, como em entrevistas, postagens, debates e na propaganda eleitoral de rádio e TV.

Assim sendo, o que julgo adequado e indispensável, e convido os leitores para reflexões são os seguintes eixos, que são transversais e se relacionam entre si, com o fim na qualidade de vida de todos:
Dignidade (para as pessoas): neste são apresentadas propostas relacionadas a políticas sociais aos diversos públicos necessitados, as relacionadas a educação, saúde, meio ambiente, moradia, segurança, emprego, mobilidade, lazer, cultura, planejamento urbano, áreas de risco geológico, políticas quanto a mudanças climáticas, participação popular e cidadania, proteção aos animais.
Inovação (na gestão pública ou no governo): ferramentas modernas para a administração pública ser mais eficiente e transparente na prestação de serviços públicos, menos burocrática e mais ágil no atendimento aos anseios da população.

Empreendedorismo (para a cidade): fortalecer o protagonismo das pessoas com a criação de condições para geração de emprego e renda pelo setor produtivo, mediante modernização das leis, desburocratização de processos, potencializar as vocações da cidade, no caso de BH turismo, eventos, gastronomia, serviços, comércio, economia criativa, atração de investimentos nacionais e internacionais, com foco em parcerias com governos, entidades da sociedade civil e organismos internacionais.

As eleições municipais de 6 de outubro são deveras importante e requerem competência e criatividade do gestor para proposição de soluções factíveis e efetivas.

Estes são eixos da maior importância para qualquer cidade. Por suposto, de difícil proposição e implementação para os candidatos de extremos ideológicos, presos em suas bolhas e visão maniqueísta da sociedade. E bem palatável para candidatos mais identificados com o centro democrático, com capacidade de diálogo, de agregar diversos setores da sociedade, atentos para o brutal problema social que temos com foco na desigualdade local e da importância do setor produtivo como motor de geração de emprego e renda para a cidade.

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