A 9 dias das eleições, em BH o cenário fica mais explícito e o afunilamento das candidaturas posicionam 3 nomes descolados do segundo pelotão, em que qualquer um deles pode sair vitorioso em um segundo turno que se avizinha, a saber: Mauro Tramonte, Fuad Noman e Bruno Engler.
Três combinações poderão se dar para um segundo turno muito disputado, e seguramente nacionalizado. Por mais que se alguns tentarão passar que o “importante é discutir temas locais, da cidade”, não há como negar que o segundo turno em SP e em BH concentrarão os holofotes de todo o país, tanto da grande mídia, dos partidos e nomes de destaque da política com os olhos voltados para 2026.
Em uma breve análise dos dois primeiros, em um cenário de Tramonte X Fuad, teremos de um lado o Governador Zema, Kalil, provavelmente o PL de Nikolas Ferreira, Cleitinho e Bruno Engler. Resta saber se o PL entrará de cabeça ou um mero apoio. Importante enfatizar que PL já está junto dos Republicanos (partido de Tramonte) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados em torno do Deputado Hugo Motta, além de parlamentares do mesmo PL explicitarem uma campanha feroz contra candidatos do PSD (partido de Fuad) país afora, com o argumento pelos liberais que pessedistas estão segurando o impeachment do Ministro do STF Alexandre de Moraes. Já Fuad, que já conta na campanha com seu colega de partido o presidente do Senado Rodrigo Pacheco e com o PSDB de Aécio Neves, provavelmente terá também a seu lado em um provável segundo turno forças representativas da esquerda, em especial o PT de Lula, de Pimentel e Rogério Correia.
Indubitavelmente será um segundo turno em que a melhor estratégia terá papel relevante, levando em conta o posicionamento ideológico do eleitorado, a força das máquinas envolvidas (PBH, governos de Minas e o federal), o engajamento de forças relevantes da política, do setor produtivo e a capacidade de ambos na arrecadação de recursos financeiros.
E um ponto de extrema relevância deve ser observado, a importância do tempo de cada um na propaganda eleitoral do rádio e na TV. Ao contrário do que alguns afirmaram anteriormente sobre a preponderância que teriam as redes sociais, quase que desprezando o rádio e TV, ficou evidente a importância que estas estão tendo país afora neste primeiro turno, em que os que têm mais tempo, em muitos casos, cresceram nas pesquisas. E em um segundo turno, independente de quem for, o tempo é dividido de forma igualitária, 10 minutos para cada um, com exibição entre 11 e 25 de outubro.
Por fim, resta saber como se dará a atuação dos candidatos que não estarão no segundo turno. Se posicionarão de forma direta e participativa ou ao estilo de não explicitar nenhum apoio e liberar as bases.
E cabe ressaltar ainda dois pontos de destaque no processo de BH, a saber: como o PT está fragilizado, sem capacidade de reação e sem despontar novas lideranças. E uma nova liderança que surge forte na cidade e que deverá ter destacado resultado eleitoral: Gabriel Azevedo. Preparado, coerente e articulado. Necessita de uma boa dose de inteligência emocional e humildade, o que será muito útil e indispensável para seus futuros desafios eleitorais.