Resposta ao TSE

Bolsonaro diz que irá 'às últimas consequências' para fazer valer resultado de auditoria

Da Redação
26/10/2022 às 21:32.
Atualizado em 26/10/2022 às 21:33

"Com certeza, nosso jurídico deve entrar com recurso", finalizou o candidato, que considerou o episódio como um "golpe abaixo da linha da cintura" (Reprodução Redes Sociais)

"Nós iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram". Essa foi a resposta do candidato à reeleição à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), na noite desta quarta-feira (26), à decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que negou pedido da campanha do presidente para investigar supostas irregularidades na veiculação de programas eleitorais em emissoras de rádio.

Após viagem a Minas Gerais, Bolsonaro deu coletiva no Palácio da Alvorada, em Brasília, para se posicionar sobre a decisão do presidente do TSE. O candidato do PL disse que o partido entrou com um processo baseado no resultado de uma auditoria, feita por empresa contratada pela legenda, que teria constatado que rádios não estariam veiculando programas de Bolsonaro no horário eleitoral gratuito. Segundo a campanha, cerca de 154 mil inserções não foram veiculadas no segundo turno.

"Realmente, um enorme desequilíbrio nas inserções de propaganda política nas rádios em todo o país", lamentou Bolsonaro, que disse estar sendo prejudicado por esse tipo de ação e que isso interfere no resultado final.

"O senhor ministro Alexandre de Moraes nos deu 24 horas para apresentar provas. Apresentamos provas contundentes no tempo exigido por ele, inclusive provas que vêm acompanhadas de e-mails. Poucos minutos após apresentarmos as provas, um servidor do TSE foi sumariamente demitido", afirma Bolsonaro.

Segundo o candidato, o servidor federal era o responsável por fazer a distribuição desses vídeos e spots. O funcionário chegou a prestar depoimento na Polícia Federal. No depoimento, Alexandre Gomes Machado disse ainda que foi exonerado pouco depois de informar a seus superiores sobre e-mail de uma rádio chamada JM ON LINE, em que teria admitido a não veiculação de 100 inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

“As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”, afirmou o TSE em nota. 

A nota reitera que não é função do TSE distribuir as propagandas eleitorais às emissoras, que devem se certificar, por conta própria, que estão cumprindo a legislação eleitoral.   

"Agora há pouco tivemos notícia de que o senhor Alexandre de Moraes, no linguajar popular, matou no peito o processo e encaminhou para o Supremo, parte ou todo para o inquérito de fake news, que ele mesmo conduz. Um inquérito que não segue nossa Constituição e tem respaldo do Ministério Público", ressaltou Bolsonaro na coletiva. "Com certeza, nosso jurídico deve entrar com recurso", finalizou o candidato, que considerou o episódio como um "golpe abaixo da linha da cintura".

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