Em outubro do ano passado, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), foi reeleito. O chefe do Executivo venceu Bruno Engler (PL) no 2º turno das eleições municipais. Ele somou 670.574 votos (53,73%), contra 577.537 votos (46,27%) do candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O gestor morreu nesta quarta-feira (26), aos 77 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória e não resistir.
Fuad ocuparia o cargo pelos próximos quatro anos, após a vitória na disputa mais acirrada na cidade pelo menos desde os anos 2000. As pesquisas já demonstravam que a definição iria ocorrer voto a voto.
Dez candidatos estavam no páreo, mas três apareciam tecnicamente empatados na reta final: Mauro Tramonte (Republicanos), Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL). O apresentador de TV, no entanto, perdeu fôlego nos últimos dias da campanha e acabou ultrapassado pelo presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB).
Virada no 2º turno
No 2º turno, Fuad e Engler rivais disputavam 495 mil votos dados aos outros oito candidatos no primeiro turno. O prefeito conquistou 334.132 votos a mais, na comparação com a etapa inicial do pleito. O candidato do PL que foi o mais bem votado em 6 de outubro e conseguiu a adesão de 141.684 eleitores a mais.
Piora em seu estado de saúde
Em nota, o Hospital Mater Dei informou que o prefeito apresentou uma piora em seu estado de saúde na noite de terça-feira (25). Conforme informou a assessoria de imprensa do Hospital MaterDei nesta quarta (26), o chefe do executivo municipal sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 22h.
A equipe médica de plantão conseguiu reanimar o prefeito. No entanto, a situação evoluiu para um choque cardiogênico, condição grave na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do organismo. Segundo o boletim médico, o quadro clínico do prefeito Fuad Noman era considerado bastante grave.
Internação de Fuad
Na segunda-feira (17), o atestado médico do prefeito de BH, Fuad Noman, foi renovado pela 5ª vez. Essa é a quarta internação desde a vitória nas eleições, no fim de outubro do ano passado.
Em novembro, Fuad ficou cinco dias hospitalizado, também no Mater Dei, devido a fortes dores nas pernas. No início de dezembro, voltou a ser internado, desta vez por conta de pneumonia e sinusite. Teve alta no dia 15.
Quatro dias depois, foi internado novamente, com quadro de diarreia e desidratação. Chegou a ficar na UTI após sangramento intestinal, mas recebeu alta dois dias antes do Natal.
Remissão completa do câncer
Em 10 de fevereiro, Fuad realizou nova bateria de exames de reavaliação oncológica. Segundo o Mater Dei, foi confirmada a remissão completa do câncer. O prefeito enfrentou um linfoma não-Hodgkin e conciliou o tratamento com a campanha eleitoral e as demandas do executivo municipal.
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