A proposta do Governo de Minas de implantar praças de pedágio na Linha Verde (MG-10), MG-424 e LMG-800, na Grande BH, foi novamente criticada por deputados estaduais nesta quinta-feira (20), durante reunião na Assembleia Legislativa (ALMG). Alvo de polêmica, o edital de concessão das estradas foi publicado no último sábado (15). Moradores das cidades impactadas também questionam a medida.
Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para impedir a cobrança já pode tramitar na Casa. No caso de uma PEC é feita uma alteração direta na constituição, que não pode ser vetada pelo governador.
A medida foi proposta pela parlamentar Bella Gonçalves (Psol). Ela argumenta que o pedágio fragmenta a mobilidade, contrariando um dos princípios das regiões metropolitanas, que é justamente o de circulação fluida para trabalho e estudos, por exemplo.
“A medida é tão impopular que o PL e o Psol estão juntos contra ela. O que precisamos é avançar no transporte metropolitano, com integração entre ônibus e metrô”, afirmou Bella Gonçalves.
Zema critica PEC que tenta barrar pedágios
Mais cedo, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), reafirmou ser a favor da concessão das rodovias à iniciativa privada. “Daqui a pouco a gente vai falar que a Região Metropolitana não tem pedágio, mas vai ficar cada vez mais congestionada. Só vai poder ter um transporte bom quem conseguir comprar um helicóptero”, disse o governador, durante a posse da nova diretoria da Granbel.
Novos pedágios no Vetor Norte
O edital de concessão das estradas foi publicado no último sábado (15). Moradores das cidades impactadas criticam a medida. A possibilidade foi antecipada pelo Hoje em Dia, bem como a insatisfação da população.
O projeto do Governo de Minas prevê a instalação de 12 praças de pedágios. A ideia é instalar equipamentos sem cancela, o chamado free flow (fluxo livre). O sistema é capaz de identificar a placa e as características do veículo sem a necessidade do motorista parar ou mesmo reduzir a velocidade ao passar pelo local.
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